Alexandre de Moraes da 48 horas para que big techs forneçam dados de responsáveis por ameaças a Flávio Dino
Ataques começaram após voto de Dino por condenação de Jair Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta quinta-feira (2), que as empresas Meta, Youtube, X e Tiktok, forneçam em até 48 horas os dados cadastrais de cerca de 50 perfis acusados de terem ameaçado o ministro Flávio Dino e o delegado da Polícia Federal, Fábio Shor. A medida busca identificar os responsáveis.
A decisão foi incluída no 'Inquérito das Milícias Digitais', que investiga uma possível atuação de organizações criminosas nas redes sociais contra a democracia e instituições.
Em seu pedido enviado a Polícia Federal, Dino afirmou que as ameaças começaram após seu voto para condenar a 27 anos e três meses, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por trama golpista.
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“Nesse sentido, afirma que, logo após proferir o seu voto no âmbito da ação penal nº 2668, passou a ser destinatário de graves ameaças contra a sua vida e integridade física veiculadas pela internet. Aduziu que, entre os traços que chamam atenção, há constante alusão a eventos ocorridos no Nepal, o que parece sugerir uma ação concertada com caráter de incitação”, diz trecho do documento.
O ofício está baseado em capturas de tela de mais de 50 publicações feitas por diferentes perfis no Instagram, Tiktok, X e Youtube. No documento, Moraes autorização a investigação por parte da Polícia Federal.
No julgamento que terminou favorável a prisão do ex-presidente, Dino votou pela condenação de todos os réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado.
O delegado Fábio Shor, por sua vez, foi o responsável por conduzir o inquérito que denunciou Bolsonaro por tentativa de golpe de estado.