Governo federal já repassou aproximadamente R$ 330 milhões a 500 mil vítimas da fraude do INSS
Os depósitos devem ir até o fim do ano

O governo federal já repassou cerca de R$ 330 milhões a 500 mil aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como ressarcimento pelos descontos indevidos relacionados à fraude nas folhas de pagamento.
O ressarcimento pelos descontos irregulares com relação a fraude nas folhas de pagamentos dos beneficiários do INSS já teve seu início nesta quinta-feira (24). O governo federal já transferiu em torno de R$ 330 milhões a 550 mil aposentados e pensionistas.
Os depósitos devem ir até o fim do ano. Os dados foram relatados, neste sábado (26), durante evento em uma agência em Taguatinga, no Disitrito Federal, pelo atual presidente do INSS, Gilberto Waller.
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“Essas 500 mil pessoas representam aproximadamente R$ 330 milhões que já foram devolvidos aos nossos aposentados e pensionistas. É importante lembrar que, embora o INSS esteja adiantando esse valor, a ideia é que esse dinheiro seja ressarcido pelos próprios fraudadores", disse Waller.
O governo afirmou que beneficiarios que constestaram os descontos mas não receberam resposta das entidades envolvidas podem aderir ao plano de ressarcimento. Cerca de 1 milhão de pessoas já aderiram à devolução, equivalente a quase metade dos 2,05 milhões de beneficiários aptos.
Os beneficiarios não precisam informar dados bancarios, já que os pagamentos serão feitos diretamente na conta em que o benefício é recebido, com correção pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Até o momento, o valor do reembolso está saindo do orçamento do próprio INSS. A Advocacia-Geral da União (AGU) vai tentar cobrar essa dívida das entidades que, de acordo com a Polícia Federal, descontaram mensalidades de aposentados e pensionistas sem a devida autorização.
Apesar de a AGU já ter bloqueado R$ 2,8 bilhões em bens dessas entidades para recompor os cofres públicos, esse repasse só deve ocorrer quando os processos forem concluídos na Justiça, que não têm data para acontecer.