Conferência de bispos afirma que Padre Kelmon não tem ligação com Igreja Católica
Igreja Ortodoxa já havia informado que candidato não possui ligações evidentes com atividade sacerdotal no Brasil

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou, através de uma nota divulgada na última sexta-feira (30/09), que o candidato à Presidência Padre Kelmon (PTB) não possui ligação com a Igreja Católica.
A organização destacou que sacerdotes ordenados de acordo com a Lei Canônica da Igreja Católica Apostólica Romana não têm autorização para concorrer a cargos políticos ou para se filiar a partidos políticos.
"O senhor Kelmon Luís da Silva Souza, candidato que se apresenta como 'padre Kelmon', não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, sem qualquer vínculo com a Igreja sob o magistério do Papa Francisco", afirmou a CNBB, em nota.
Leia também:
➢ Datafolha: Lula segue na frente com 50% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro tem 36%
➢ Ministro do STF declara inocência de Lula e suspende cobrança de 18 milhões de reais
Na última segunda (26/09), a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil já havia publicado uma nota comunicando que - ao contrário do que afirma o candidato, que se apresenta como padre ortodoxo - Kelmon nunca esteve vinculado a nenhuma paróquia ou missão da Igreja no país.
Na última quinta-feira (29/09), durante um debate entre candidatos exibido pela TV Globo, Kelmon teve seu ofício sacerdotal questionado pela candidata Soraya Thronicke (União Brasil), que o chamou de "padre de festa junina". Ele entrou para a disputa pela Presidência pelo PTB depois de o primeiro pré-candidato apontado pelo partido, Roberto Jefferson, ter seu registro impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).