Bolsonaro diz que não pretende mudar nome do Bolsa Família e fala em aumento de 50% no benefício
Valor médio atual do programa é de R$ 192
O presidente Jair Bolsonaro disse que não tem intenção de mudar o nome do Bolsa Família para 'Renda Cidadã'. No entanto, o líder do executivo afirmou que quer reajustar o benefício, aumentando para no mínimo R$ 300, acima dos R$ 250 previsto pela equipe técnica. Segundo Bolsonaro, o valor deve mudar a partir de novembro.
"É pouco? Sei que é pouco, mas é o que a nação pode dar. Alguns falam em mudar de nome, eu não estou preocupado em mudar de nome, eu quero atender a população", declarou o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.
O presidente reclamou e chamou de 'chiadeira' as indagações sobre o valor do auxílio emergencial distribuído neste ano. Bolsonaro disse que o benefício custou R$ 700 bilhões em 2020 e causou endividamento do governo.
Segundo o presidente, a previsão de inscrição de 22 milhões de pessoas no Bolsa Família a partir de dezembro é um "número assustador". Para justificar a impossibilidade de oferecer mais do que os R$ 300 para o benefício, Bolsonaro disse que "a conta é alta, a gente não tem como se endividar mais. Alguém tem que produzir para pagar isso daí".
Atualmente, o valor médio ao beneficiários do programa está em R$ 192, assim o reajuste seria de pouco mais de 50%. Porém, o governo disse que ainda não tem previsão de onde virá esse recurso para aumento do Bolsa Família. Uma parte seria com a reformulação do Imposto de Renda, previsto no texto da Reforma Tributária, que ainda está sendo discutida no Congresso Nacional.