Tecnologia vem atuando em favor dos alunos autistas de Itaboraí
Impossibilidade de terapias presenciais deram origem a novas dificuldades
Com o isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus, uma série de desafios foi gerada para pais que têm seus filhos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e são assistidos pela equipe de profissionais da Clínica-Escola do Autista de Itaboraí. E na última quinta-feira, 18 de junho, Dia Mundial do Orgulho Autista, a unidade de tratamento do transtorno conta como vem driblando com sucesso a ausência das terapias presenciais na vida dos alunos-pacientes.
A mudança repentina de rotina, a impossibilidade de ter terapias presenciais e a permanência em casa dos alunos-pacientes, deram origem a novas dificuldades, sendo necessário que a unidade encontrasse alternativas complementares à rotina das crianças que, estavam acostumadas a uma agenda cheia de atividades, que precisou ser interrompida de forma repentina com a pandemia.
De acordo com a diretora da unidade Márcia Novis, relatos de pais dos alunos
“A equipe de terapeutas da Clínica-Escola de Itaboraí não poderia ficar de braços cruzados sabendo da necessidade das famílias com as crianças autistas ociosas em casa sem fazer nada que amenizasse esta situação. Foi quando decidimos que, adequados às características de cada aluno, iríamos oferecer atendimentos e atividades on-line”, comentou Márcia.
E os benefícios já foram sentidos na casa do Paulo Maurício Azevedo Pereira. Seus dois filhos autistas, Yan Leal Pereira e Yurie Leal Pereira, gêmeos, com 22 anos, receberam as orientações da equipe e colocam em prática as orientações que recebem por vídeo.
“Foi muito boa a iniciativa de não interromper com as terapias, tão importantes no nosso processo de desenvolvimento. E é muito gratificante não só acompanhar, como também fazer parte das atividades junto com meus filhos. Tem semana que jogamos futebol, outra pulamos corda e brincamos de basquete. Fez diferença
O time da Clínica-Escola autista, envolvido nas atividades on-line garantindo que os pacientes continuassem com os estímulos cerebrais para que as habilidades conquistadas ao longo do tratamento na unidade não regredissem, conta com psicólogas, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, nutricionistas, pedagogas e professoras de sala de recurso.