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Cientistas da UFRJ pedem restrição de eventos e fechamento de praias

Especialistas sugerem recomendações para conter 2ª onda

Escrito por Redação | 01 de dezembro de 2020 - 16:34
Especialistas sugerem recomendações para conter 2ª onda
Especialistas sugerem recomendações para conter 2ª onda -

Uma nota técnica assinada por especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sugere, em caráter de urgência, a restrição de eventos, fechamento de praias e um possível lockdown. A sugestão é destinada para todo o país, o estado e principalmente a capital para evitar o colapso total do sistema de saúde. 

“Estamos diante um quadro muito preocupante no município do Rio”, afirma trecho da nota emitida pela equipe coordenada pelo infectologista Roberto Medronho. ”O aumento do número de casos é sustentado. Não se trata de uma flutuação, que aumenta em uma semana e diminui na outra. E é claro: isso tudo é fruto das aglomerações que vêm ocorrendo nos últimos tempos – inclusive nas eleições”, concluiu Medronho.

Segundo o especialista, eventos ao ar livre, com as pessoas utilizando máscaras e respeitando o devido distanciamento social, não apresentam riscos e estão permitidos. O problema ocorre quando há grande concentração de pessoas em lugares fechados, sem distanciamento social e uso de máscara, tornando o risco de proliferação do vírus muito maior.

”Em parques ao ar livre, por exemplo, é possível fazer um controle da quantidade de pessoas que entram em saem. No entanto, em eventos sociais de grande proporções, como alguns bailes, onde não há uma fiscalização, a aglomeração é muito grande. O mesmo ocorre em bares, tanto em comunidades mais vulneráveis do ponto de vista econômico, como também na Zona Sul do Rio. Toda e qualquer aglomeração, sem medidas protetivas, representa um risco elevadíssimo de transmissão”, complementa.

No documento os especialistas sugerem:

1. Abertura imediata de leitos hospitalares, incluindo os de UTI;

2. Contratação emergencial de profissionais de saúde para atuarem nesses leitos:

3. Aquisição emergencial de equipamentos e insumos nenecessários para a assistência aos pacientes;

4. Realização de ampla testagem por RT-PCR em todos os casos suspeitos, com rastreamento de seus contatos;. 

5. Isolamento dos casos e contatos com RT-PCR positivo;

6. Reforço nas campanhas de esclarecimento sobre as medidas preventivas; 

7. Ampliação da oferta de transporte público a fim de evitar aglomeração;

8. Suspensão imediata de eventos presenciais, sejam sociais, esportivos ou culturais; 

9. Fechamento das praias;

10. Limitação e escalonamento do horário de funcionamento de estabelecimentos que permanecerem abertos; 

11. Rigorosa fiscalização dos estabelecimentos abertos;

12. Avaliação da decretação de lockdown caso o cenário epidemiológico da doença se mantenha ou se agrave. 

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