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PM Youtuber dá voz de prisão e agride aluna da UFF

Discussão aconteceu em frente ao DCE

Escrito por Redação | 25 de outubro de 2019 - 10:06

Uma estudante da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi agredida e recebeu voz de prisão após uma discussão em frente ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), na noite da última quarta-feira (24). O responsável foi o soldado da PM, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) e youtuber Gabriel Monteiro.

Segundo Juliana Alves, aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição, ela teria esbarrado no celular do assessor de Gabriel, identificado como Rick Dantas, fazendo com que o aparelho caísse no chão. O caso teria acontecido após ela ter pedido para não ser filmada por ele. 

Após o episódio, Gabriel Monteiro deu voz de prisão a Juliana por desacato, agarrando em seu pulso, por aproximadamente 40 minutos. 

Na manhã de ontem (24), a estudante passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML). O PM e YouTuber afirmou em vídeos publicados nas suas redes sociais, que ele seria a vítima na situação. Ele estaria tirando fotos com fãs antes do tumulto iniciar.

Em nota oficial, a UFF afirmou que o Gabinete do Reitor foi acionado e prestou assistência imediata à estudante, acompanhando-a a 76ª Delegacia de Polícia (centro), para prestar depoimento contra a agressão e a captura não consentida da imagem.

"A Universidade Federal Fluminense repudia com veemência os constantes ataques realizados pelo youtuber Gabriel Monteiro aos membros de sua comunidade interna (...). Não é a primeira vez que o youtuber explora de forma agressiva e distorcida a imagem da UFF e de sua comunidade interna. Suas práticas de perseguição, assédio, coação e difamação revelam o caráter autoritário de campanhas de desinformação para finalidades escusas de promoção pessoal pelo ataque à educação superior pública. É triste e revoltante que, em meio ao maior evento de produção científica e tecnológica do ano na UFF, que acontece simultaneamente em diversas localidades com centenas de apresentações acadêmicas, atores busquem ridicularizar e intimidar nossa comunidade interna", dizia a nota. 

A Polícia Civil informou que foi realizado um termo circunstanciado de lesão corporal e a investigação está em andamento.

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