Eventos a favor da diversidade marcam o dia contra a homofobia em São Gonçalo

Por Cyntia Fonseca, Marcela Freitas e Samara Oliveira

As comemorações pelo Dia Internacional Contra a ‘LGBTfobia’, celebrado ontem, foram marcadas por muitos eventos em São Gonçalo, que tinham como objetivo pedir o fim da violência e apuração mais severa de crimes contra esse segmento da população.

Na Praça de Neves, o Grupo Gay Atitude (GGA) realizou uma série de atividades como panfletagem, grafites, conscientização sobre doenças sexualmente transmissíveis e um show de rap. Às 18h, o grupo seguiu para a Prefeitura de São Gonçalo, onde se reuniu a outras pessoas na escadaria do Executivo, pedindo um basta ao preconceito e violência.

"Escolhemos como ponto de partida a Praça de Neves porque aqui já foi derramado muito sangue de travestis. Esse lugar é simbólico para nós e queremos dizer hoje que lugar de travesti é na praça sim. Esse dia de hoje marca um ato de luta contra o preconceito. Estamos em buscas de políticas públicas e punição e investigação rigorosa contra a população”, disse a presidente do grupo Transfeminismo, Nanda Matinny, 20 anos.

Também na Praça Luiz Palmier, o Grupo Liberdade/ Santa Diversidade ofereceu uma programação com apresentação de drag queens e palestras sobre temas relativos a causa LGBT.

Estiveram presentes a presidente do grupo, Stefani Brasil, o apoiador Well Castilhos, além de muitos outros militantes. Caricata e irreverente, Valeria Nacopa Vasquez falou da importância de se ter um dia em apoio à causa LGBT.

“É um dia de militância sim, mas também de conquista, de muita alegria e amor”, declarou.

Campanha - OSG e a escola de samba Porto da Pedra aproveitaram a data de ontem para lançar, nas redes sociais, campanha de conscientização contra a homofobia e em prol da diversidade sexual.

Niterói tem instalação - A Praia de Icaraí, em Niterói, amanheceu diferente ontem. No dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, quem passava pela orla notava uma intervenção artística feita pelo Grupo Diversidade Niterói. O intuito do ato foi para simbolizar as vítimas mortas pela LGBTfobia.

Matheusa Passareli, morta por traficantes recentemente, foi uma das citadas na intervenção. “Essa simbologia é muito necessária. Buscamos assim levar a informação para a sociedade”, disse Felipe Ribeiro de Carvalho, de 31 anos, presidente do Grupo Diversidade.

Além disso, alunos do 9º ano da Escola Municipal José Anchieta, no Caramujo, em Niterói, tiveram palestra sobre o tema.

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