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Dezembro Laranja: 6 em cada 10 pessoas não se protegem contra os riscos do sol

Especialista da Hapvida reforça cuidados contínuos e destaca que o diagnóstico precoce do câncer de pele aumenta as chances de cura

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de dezembro de 2025 - 13:57
Dezembro Laranja, uma campanha nacional liderada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Dezembro Laranja, uma campanha nacional liderada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) -

A chegada da estação mais quente do ano é sinônimo de praia e lazer. Mas a época também traz um alerta importante: o de cuidar da pele diariamente e se proteger dos riscos da exposição solar.

Dezembro Laranja, uma campanha nacional liderada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), chama atenção para o câncer de pele, um dos tipos mais frequentes no Brasil. Segundo dados da campanha de 2024, 62,51% da população afirmou não ter nenhum tipo de cuidado quando exposta ao sol.


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Especialistas reforçam que a prevenção contínua e o diagnóstico precoce são fundamentais para reduzir casos graves e até óbitos. O câncer de pele, tipo mais comum no Brasil, é responsável por cerca de 33% de todos os diagnósticos de neoplasias no país.

Rio de Janeiro

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve encerrar o triênio 2023–2025 com cerca de 220,4 mil novos casos anuais de câncer de pele não melanoma, além de aproximadamente 9 mil casos de melanoma por ano, forma menos frequente, porém mais letal da doença.

No estado do Rio, a estimativa é de aproximadamente 21 mil novos casos anuais de câncer de pele não melanoma. Segundo a dermatologista da Hapvida, Fabiana Ueda, a campanha tem papel fundamental na conscientização da população.

“O dezembro laranja é essencial para orientar e alertar as pessoas sobre os riscos do câncer de pele. Muitos casos estão diretamente ligados à exposição solar sem proteção ao longo da vida, algo comum em cidades como o Rio”, alerta.

Um dado que reforça a importância da campanha é a falta de acompanhamento médico. Pesquisa do Instituto Datafolha aponta que 54% da população nunca consultou um dermatologista.

A especialista destaca que o diagnóstico precoce muda completamente o prognóstico. “Quando identificado no início, o câncer de pele tem altas chances de cura. No caso do melanoma, o diagnóstico precoce pode evitar metástases e complicações graves”, explica.

Principais fatores de risco

• Exposição solar excessiva e sem proteção

• Histórico familiar de câncer de pele

• Queimaduras solares repetidas ao longo da vida

• Pele clara, muitas pintas ou sardas

• Histórico prévio de câncer de pele

Cuidados essenciais no dia a dia

• Usar protetor solar FPS 30 ou superior, diariamente

• Reaplicar o filtro a cada duas horas em caso de exposição direta

• Evitar o sol entre 9h e 15h

• Utilizar chapéus, bonés, óculos escuros e roupas com proteção UV

• Realizar avaliação anual com dermatologista

Sinais de alerta na pele

• Pintas ou sinais que crescem de forma irregular e mudam de cor

• Feridas ou manchas que não cicatrizam, com crostas ou sangramento

• Lesões arredondadas, avermelhadas ou multicoloridas com sangramento espontâneo

Tipos mais comuns de câncer de pele

• Carcinoma basocelular: maior frequência, menor letalidade

• Carcinoma espinocelular: pode apresentar feridas de difícil cicatrização

• Melanoma: menos comum, porém o mais agressivo

Cuidados com a pele negra

Apesar de a pele negra possuir maior quantidade de melanina, os cuidados devem ser os mesmos para todos os tons de pele. “Existe um mito de que a pele negra não precisa de proteção, o que não é verdade. Ela também pode desenvolver câncer de pele”, reforça a profissional.

Outro erro comum é o uso inadequado do protetor solar. Apenas 31,63% das pessoas relataram usar filtro solar diariamente, segundo dados da campanha de 2024. A falta de reaplicação e a crença de que maquiagem com FPS substitui o filtro estão entre os principais equívocos.

Para este verão, a recomendação é direta: “Proteção solar adequada, reaplicação frequente, escolha de horários com menor radiação UV, uso de barreiras físicas e hidratação intensa são medidas fundamentais para reduzir os riscos”, finaliza Fabiana.

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