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Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) já tem data para acontecer em 2026; saiba mais

A 24ª Flip conta com uma nova curadora literária, a editora e crítica Rita Palmeira

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de dezembro de 2025 - 13:36
Festa Literária de Paraty de 2026 tem data confirmada para julho
Festa Literária de Paraty de 2026 tem data confirmada para julho -

A Flip acontecerá no meio do ano, entre 22 e 26 de julho de 2026, respeitando seu calendário habitual, uma decisão tomada em consonância com o poder público e com os moradores de Paraty, fomentando a cultura e o turismo nos meses mais frios do ano. “Paraty tem uma segunda alta temporada vibrante no inverno com a realização da Flip. Estamos muito contentes em poder anunciar a data da 24ª edição ainda em 2025, garantindo para nossos parceiros e para o público mais tempo para se programarem para a Festa”, afirma Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip.

A 24ª Flip conta com uma nova curadora literária, a editora e crítica Rita Palmeira. “O convite à Rita Palmeira consolida sua parceria profissional com a Flip, que começou por meio de mediações instigantes e inspiradoras entre alguns dos nomes mais relevantes da literatura contemporânea”, comenta o diretor.

Editora e crítica literária, Doutora em Literatura Brasileira pela USP e mestre em Teoria Literária pela Unicamp, Palmeira atua como mediadora em mesas do Programa Principal desde 2017, participando em oito edições diferentes da Festa. “Rita tem uma sólida carreira no meio literário. Vem desenvolvendo um trabalho muito cuidadoso e atento ao cenário atual da literatura no Brasil e no mundo. Essa atuação, somada à sua ampla experiência e formação, revela sua capacidade de colocar em diálogo as diversas sensibilidades da leitura”, afirma Mauro Munhoz.

Na 23ª edição, Rita Palmeira mediou o encontro entre as autoras Anabela Mota Ribeiro e Neige Sinno no Programa Principal, e, em edições anteriores, desempenhou o mesmo papel em mesas com autores como a vencedora do Nobel Annie Ernaux, Mohamed Mbougar Sarr, Jeferson Tenório, Micheliny Verunschk, José Miguel Wisnik, entre outros. Sua relação com a Flip é, no entanto, ainda mais antiga: “Na primeira Flip em que estive, em 2004, o americano Paul Auster dividiu a mesa com Chico Buarque, num claro recado de que a plateia estava ali diante de dois igualmente imensos escritores. Isso mostra a contribuição da Flip em muitas dimensões: em primeiro lugar, seu pioneirismo e sua capacidade de trazer autores estrangeiros ao Brasil – quando eram raras essas presenças, e bem antes da democratização do acesso à internet, que aumentou a divulgação da literatura mundial –, e também por contribuir inequivocamente para a projeção nacional e internacional de autores brasileiros”, conta Rita Palmeira.

Refletindo sobre a relação da literatura com a contemporaneidade, Palmeira diz que “a literatura sempre fala do seu tempo e com o seu tempo, mesmo quando isso não está tematizado na obra”. Para ela, “a Flip tradicionalmente reflete isso, reservando sempre espaço para mesas que debatam temas urgentes. Ignorar o que se passa no Brasil e no mundo, do ponto de vista político, ambiental, cultural, não é uma opção nem para mim nem, acho que posso dizer isto, para a Flip. A literatura fica menos interessante se a tiramos do mundo em que ela é produzida.”

“A chegada de uma nova curadoria literária é sempre um passo importante na construção da Festa. É um momento de renovação de ideias e perspectivas para a equipe da Flip, e também para as próximas edições”, completa Munhoz.

Sobre Rita Palmeira

Rita Palmeira é editora e crítica literária. Doutora em Literatura Brasileira pela USP e mestre em Teoria Literária pela Unicamp, participou da criação da Livraria Megafauna (São Paulo) fazendo a curadoria de livros. É apresentadora do podcast Livros no Centro, que publica histórias de leitores, livreiros e escritores. Na mediação entre pesquisa acadêmica, jornalismo e debate público, foi editora-executiva da revista Novos Estudos Cebrap e editora-assistente do selo editorial Três Estrelas, do Grupo Folha. Sua trajetória transita entre edição, crítica, curadoria, ensino, pesquisa e mediação de debates literários, focada na difusão da literatura e na formação de um público leitor.

Mesas mediadas por Rita Palmeira na Flip

15ª Flip (2017)

⦁ mesa 7 – Moderno antes dos modernistas (Luciana Hidalgo e Antonio Arnoni Prado)

16ª Flip (2018)

⦁ mesa 7 – Poeta na torre de capim (Lígia Ferreira + Ricardo Domeneck)

⦁ mesa 14 – Obscena, de tão lúcida (Isabela Figueiredo + Juliano Garcia Pessanha)

17ª Flip (2019)

⦁ mesa 4 – Sincorá (José Miguel Wisnik)

⦁ mesa 6 – Serra Grande (Maureen Bisilliat + Miguel del Castillo)

⦁ mesa 21 – Livro de cabeceira

19ª Flip (2021)

⦁ mesa 17 – Ouvir o verde (Alejandro Zambra + Ana Martins Marques)

20ª Flip (2022)

⦁ mesa 10 – Do mal que tu me deste… (Benjamín Labatut)

⦁ mesa 14 – Diamante Rubro (Veronica Stigger + Annie Ernaux)

21ª Flip (2023)

⦁ mesa 3 – Já não agia por minha conta (Socorro Acioli + Leda Cartum + Felipe Charbel)

⦁ mesa 7 – Lembranças de todas as coisas ocorridas (Natalia Timerman + Sinead Gleeson)

22ª Flip (2024)

⦁ mesa 11 – Descobrimento ao contrário (Micheliny Verunschk + Odorico Leal)

⦁ mesa 17 – A memória dos homens (Mohamed Mbougar Sarr + Jeferson Tenório)

23ª Flip (2025)

⦁ mesa 3 – Tristes tramas (Neige Sinno + Anabela Mota Ribeiro)

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