Argentina bloqueia 22 apps de streaming ilegal e impacto chega ao Brasil
Ação judicial derruba plataformas ilegais populares no Brasil e reacende alerta sobre uso de TV boxes não certificadas

A Justiça da Argentina derrubou, no último domingo (30), 22 aplicativos de streaming pirata, em uma nova fase de repressão a plataformas ilegais de transmissão de conteúdo. Entre os serviços bloqueados estão BTV, Red Play e Blue TV, amplamente utilizados também por usuários no Brasil.
Esses aplicativos operavam principalmente em TV boxes, dispositivos que permitem acessar serviços de streaming diretamente na televisão. No Brasil, o uso dessas caixinhas é permitido somente quando o equipamento possui certificação da Anatel, responsável por garantir segurança e conformidade técnica.
Leia também
➣ Carro tomba após colisão na RJ-106
➣ Contran aprova novo modelo para obtenção da carteira de habilitação
A lista completa dos 22 serviços derrubados inclui:
ALA TV, Blue TV, Boto TV, Break TV, BTV App, BTV Live, Duna TV, Football Zone, Hot, Mega TV, MIX, Nossa TV, ONPix, PLUSTV, Pulse TV, Red Box, RedPlay Live, Super TV Premium, Venga TV, Waka TV, WEIV e WeivTV – Nova.
Após o bloqueio, usuários relataram que o aplicativo BTV passou a exibir o erro 503, indicando falha de processamento no servidor.
Segundo a Alianza, associação que combate a pirataria audiovisual na América Latina e responsável pela denúncia na Argentina, mais de 2 milhões de pessoas pagavam por acesso às plataformas ilegais. Com a interrupção dos serviços, muitos consumidores recorreram ao ReclameAqui, mesmo sabendo que as assinaturas eram vinculadas a conteúdo não autorizado.
Embora não tenha participado da operação, a Anatel reforçou a orientação para que consumidores comprem apenas TV boxes certificadas, de modo a garantir a segurança do usuário e evitar envolvimento em práticas ilícitas.
Na última quinta-feira (27), ocorreu também uma nova etapa da Operação 404, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que bloqueou 535 sites e 1 aplicativo de streaming pirata no Brasil. A iniciativa, porém, não está relacionada à ordem judicial argentina.