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Vai viajar? Saiba quais cidades no Estado do Rio cobram taxas para turistas

De maneira geral, o valor arrecadado tem como destino projetos de sustentabilidade, limpeza urbana e conservação de áreas protegidas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de novembro de 2025 - 12:01
As taxas são adotadas em locais com grande apelo turístico e recursos naturais sensíveis
As taxas são adotadas em locais com grande apelo turístico e recursos naturais sensíveis -

Com objetivo de controlar o fluxo de visitantes, preservar o meio ambiente e garantir a manutenção da infraestrutura local, algumas cidades brasileiras passaram a adotar a cobrança de taxas de entrada para turistas nos últimos anos.

Conhecidas como Tarifa de Preservação Ambiental (TPA) ou contribuições similares, as taxas são adotadas em locais com grande apelo turístico e recursos naturais sensíveis.

De maneira geral, o valor arrecadado tem como destino projetos de sustentabilidade, limpeza urbana e conservação de áreas protegidas, buscando equilibrar o turismo com a preservação do patrimônio natural e cultural.


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Confira quais cidades do Estado do Rio que já cobram ou passarão a cobrar entrada de turistas ou veículos de turismo:

- Búzios

Em Búzios, os valores serão definidos de acordo com o tipo de veículo e número de hóspedes
Em Búzios, os valores serão definidos de acordo com o tipo de veículo e número de hóspedes |  Foto: Thiago Freitas/Ministério do Turismo

Em Búzios, durante o verão, a população da cidade chega a quadruplicar, o que eleva significativamente o consumo de água, energia e o volume de resíduos sólidos. A taxa incidirá sobre veículos e visitantes, e os valores serão definidos de acordo com o tipo de veículo e número de hóspedes. Para hóspedes, a taxa será cobrada por pessoa no valor de R$ 14,60, podendo ser por diária ou cobrança única, conforme regulamentação.

Valores previstos: Motocicletas ou veículos de até 2 lugares: R$ 14,60 / Veículos de 2 a 6 lugares: R$ 43,79 / Vans ou micro-ônibus (7 a 32 lugares): R$ 72,99 / Ônibus e similares (acima de 33 lugares): R$ 109,48.

- Cabo Frio

Em CF, O valor para micro-ônibus subiu para R$ 1.250,00
Em CF, O valor para micro-ônibus subiu para R$ 1.250,00 |  Foto: Carlos Erbs/Ministério do Turismo

A Prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, implementou um reajuste significativo na taxa de entrada para ônibus, micro-ônibus e vans de turismo que não possuem placa da cidade. O Documento de Arrecadação Municipal (DAM), que antes cobrava R% 286,71 por ônibus, agora exige um pagamento de R$ 2.500,00, um aumento de mais de 770%. O valor para micro-ônibus subiu para R$ 1.250,00, e para vans e veículos similares, passou para R$ 625,00. A taxa autoriza a permanência do veículo na cidade por até 24 horas. Caso esse período seja ultrapassado, será cobrado um adicional de 5% por diária excedente. Isso significa que um ônibus, por exemplo, teria um acréscimo de R$ 125,00 por dia extra.

Novas restrições também foram estabelecidas. Ônibus e vans de turismo não poderão transportar mantimentos, utensílios de cozinha, eletrodomésticos ou itens inflamáveis. A lista de proibições inclui fogões, botijões de gás, freezers e geladeiras, entre outros. O descumprimento dessas regras pode gerar multas de até R$ 10.000,00, além da remoção do veículo para um depósito público.

- Angra dos Reis / Ilha Grande

Ilha Grande é reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco
Ilha Grande é reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco |  Foto: Divukgação/Prefeitura de Angra dos Reis

A cidade de Angra também implantará a taxa para fortalecer preservação. A partir de 2026, o município passará a adotar a Taxa de Turismo Sustentável (TTS), uma iniciativa que busca equilibrar o crescimento do turismo com a preservação do patrimônio natural do município. Anualmente, a cidade recebe cerca de 1,8 milhão de visitantes, sendo 1,2 milhão apenas na Ilha Grande, reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco. Entre as principais mudanças, está a ampliação das isenções: ficarão dispensados do pagamento os moradores do município, familiares até o segundo grau, prestadores de serviço, crianças de até 12 anos e pessoas com mais de 60 anos.

Também estarão isentos da tarifa de ônibus os veículos cadastrados no Cadastur que utilizarem o Cais de Santa Luzia para transportar passageiros a bares, restaurantes e hospedagens registrados no Sistema Digital do Turismo (SDT). A tarifa será aplicada apenas aos ônibus que não estiverem integrados ao sistema. Além disso, pacotes turísticos adquiridos até 31 de dezembro de 2025, com embarques programados até 31 de julho de 2026, também estarão isentos da cobrança.

Os valores serão definidos de acordo com o destino e o tempo de permanência. No primeiro ano, para um período de até sete dias, a taxa será de 5 UFIRs (R$ 23,75) no continente e 10 UFIRs (R$ 47,50) para visitantes da Ilha Grande. Cada diária adicional terá custo de meia UFIR (R$ 2,37). O visitante que já tiver quitado o valor referente ao continente pagará apenas a diferença ao se deslocar para a Ilha Grande. A arrecadação será destinada, segundo a Prefeitura, prioritariamente a projetos de saneamento básico, preservação ambiental, segurança pública e infraestrutura turística.

Como funcionam as cobranças

O funcionamento das taxas de entrada varia conforme a legislação de cada município. Em geral, o pagamento pode ser realizado de forma antecipada, pela internet, ou presencialmente em pontos de controle, como portos, rodovias ou postos de fiscalização. O valor costuma ser calculado por pessoa ou por veículo, e pode sofrer alterações em períodos de alta demanda.

Além disso, algumas cidades oferecem isenção ou descontos para moradores, trabalhadores locais, crianças, idosos e pessoas com deficiência. Os recursos arrecadados são aplicados em ações de preservação ambiental, coleta de resíduos, manutenção de trilhas e praias, além de campanhas educativas voltadas para turistas e comunidade.

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