HemoRio faz campanha por doações de sangue para delegado baleado em operação na Penha
Delegado Bernardo Leal Annes Dias passou por cirurgia após ser atingido na perna durante a megaoperação; estado de saúde é grave

O delegado Bernardo Leal Annes Dias, adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), está internado em estado grave no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, após ser baleado durante a megaoperação desta terça-feira (28) nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio.

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O tiro atingiu a perna do delegado e rompeu a veia femoral, o que provocou uma hemorragia intensa. Bernardo passou por uma cirurgia que durou mais de uma hora. O procedimento foi bem-sucedido, mas o quadro de saúde ainda inspira cuidados, já que ele perdeu grande quantidade de sangue.
O HemoRio está recebendo doações de sangue de qualquer tipo sanguíneo para ajudar no tratamento do delegado, além dos policiais hospitalizados, Leandro Oliveira dos Santos, Rodrigo Vasconcelos Nascimento e Rodrigo da Silva Ferreira Soares.
Os interessados em doar devem se dirigir à sede do HemoRio, localizada na Rua Frei Caneca, nº 08, no Centro do Rio de Janeiro. O órgão reforça que toda doação é fundamental neste momento e que o sangue coletado também auxilia outros pacientes em situação de emergência.
Enquanto o delegado Bernardo Leal luta pela recuperação, autoridades e colegas de polícia reforçam o pedido de solidariedade. “Cada doação pode salvar vidas, inclusive a do nosso colega”, destacou um agente da DRE.
Operação Contenção - A megaoperação policial, batizada de Operação Contenção, mobilizou 2.500 agentes das polícias Civil, Militar e da Força Nacional, com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão contra acusados de integrar a facção criminosa Comando Vermelho. A ofensiva é a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro, com 121 mortos, sendo quatro policiais, segundo balanço oficial.
Até o momento, foram 113 presos, entre eles 33 oriundos de outros estados e 10 adolescentes apreendidos. As forças de segurança também apreenderam 118 armas, sendo 98 fuzis, além de 14 explosivos.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que acompanha a situação e que o ministro Ricardo Lewandowski colocou a pasta à disposição do governo fluminense “para ouvir o que for necessário”.