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MMSG inaugura sede do Projeto “João Pedro Vive” nesta quinta-feira, em Itaoca, SG

Antigo posto de saúde desativado dará lugar ao projeto social que homenageia o menino João Pedro Mattos Pinto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de outubro de 2025 - 20:04
Projeto João Pedro Vive, em Itaoca, no Complexo do Salgueiro
Projeto João Pedro Vive, em Itaoca, no Complexo do Salgueiro -

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), com apoio da CEDAE, inaugura nesta quinta-feira (16/10), às 10h, a sede do Projeto João Pedro Vive, em Itaoca, no Complexo do Salgueiro (SG).

Um antigo posto de saúde desativado foi revitalizado e será a sede do projeto que presta homenagem ao menino João Pedro Mattos Pinto, morto, em 2020, aos 14 anos, enquanto brincava com amigos, durante uma operação policial na região.

Com uma área de aproximadamente 10 metros quadrados, a sede conta com duas salas, dois banheiros, uma dispensa e uma varanda. No local serão realizados atendimentos assistenciais, promovidos oficinas, roda de conversas, cursos diversos, além de atividades recreativas e culturais.


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O projeto tem como objetivo promover a equidade de gênero e raça entre crianças e adolescentes, incentivar a inclusão social e cultural, fortalecer os vínculos comunitários e contribuir para a implementação de ações e políticas antirracistas e afirmativas nos bairros periféricos de São Gonçalo.

Antes da inauguração, a equipe técnica do Projeto JP Vive já vinha realizando rodas de conversa e oficinas sobre letramento racial nas escolas João Saldanha e no Ciep Carlos Marighella, ambas localizadas próximas à nova sede, em Itaoca.

Família agradece homenagem e reforça luta por justiça e reparação

Segundo familiares, no dia 18 de maio de 2020, João Pedro brincava com amigos quando foi atingido por um disparo de fuzil nas costas. Ele chegou a ser socorrido de helicóptero, mas não resistiu. A família acusa os policiais de entrarem atirando.

Em junho de 2025, por decisão unânime, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu que os três policiais civis acusados de envolvimento na morte do menino serão levados a júri popular.

“Minha luta e a da família é por justiça e reparação. Tudo que vem de encontro à memória do João Pedro é muito bom, pois buscamos não deixar cair no esquecimento. Contudo, esse projeto dialoga com segurança pública, educação e cultura. João gostava de estudar. Ter um projeto que envolve cultura e preservação dos adolescentes e jovens é importante para a sociedade”, disse a mãe de João Pedro, a professora Rafaela Matos Pinto.

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