Projeto Rearticulando Rede Mulher promove 5º Encontro Bimensal em São Gonçalo
Evento discutiu os desafios da garantia de direitos e da atuação em rede em territórios periféricos, reunindo cerca de 50 participantes no auditório do Movimento de Mulheres de São Gonçalo (MMSG), no Zé Garoto

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) realizou, na última quinta-feira (09), o 5º Encontro Bimensal da Rede Mulher, por meio do Projeto Rearticulando Rede Mulher, no auditório da instituição, em Zé Garoto (SG). O evento contou com o apoio do Ministério das Mulheres e teve como tema central “Mulher e Garantia de Direitos: é possível a atuação em rede em territórios periféricos?”
A reunião teve como facilitadora a psicóloga Patrícia Muniz, mestre em Subjetividade, Política e Exclusão pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e integrante do Projeto Vozes Periféricas, que atua no atendimento a mulheres em situação de vulnerabilidade no Complexo do Salgueiro.
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Durante o encontro, foram debatidas as dificuldades de acesso aos direitos, especialmente no sistema de Justiça Criminal. O grupo concluiu que garantir os direitos das mulheres nas periferias é essencial para o avanço de toda a sociedade, e que a atuação em rede representa o caminho mais potente para tornar esse progresso uma realidade, construindo uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária.
Cerca de 50 pessoas participaram da roda de conversa, entre militantes, representantes da Justiça, agentes da Segurança Pública, integrantes de instituições civis, de governos e da Câmara Municipal de São Gonçalo. A dinâmica foi conduzida no formato de perguntas e respostas, estimulando o diálogo e a troca de experiências.
O encontro foi mediado pela gestora do MMSG, Marisa Chaves, e contou com a presença da vereadora Patrícia Silva (SG) e da pedagoga e mestre em Educação Fabiana Silva, atual Ouvidora-Geral do Estado do Rio de Janeiro.
O próximo Encontro Bimensal da Rede Mulher está marcado para o dia 4 de dezembro, e a temática escolhida pelos participantes será “Desigualdade Salarial e as Dificuldades de Ser Empreendedora Individual em São Gonçalo”.
Para a psicóloga Patrícia Muniz, a possibilidade de atuação em rede nas áreas de periferias depende de condicionantes sociais que facilitem o acesso aos direitos.
“Ainda existem muitos obstáculos para essa rede funcionar nas periferias, contudo, estamos avançando. É precioso criar condições para o acesso de direitos em áreas periféricas: desde saneamento básico, passando por acolhimento, valorização da autoestima, cuidados paliativos até capacitação profissional na busca por autonomia financeira, sobretudo nos casos das vítimas de violência”, ressalta Muniz.
Para a gestora do MMSG, Marisa Chaves, o objetivo do Encontro Bimensal da Rede Mulher é conhecer e facilitar a comunicação entre as instituições, além de saber exatamente o que cada serviço realiza. A ideia é melhorar o fluxo do atendimento às mulheres que sofrem violações de direitos.
“Essa iniciativa é um desdobramento do projeto Rearticulando Rede Mulher, financiado pelo Ministério da Mulher, para facilitar a articulação entre as ONGs, coletivos e serviços governamentais que atendem as mulheres nos territórios de São Gonçalo, para que consigamos incidir politicamente em defesa de políticas públicas para as mulheres que sofrem violações de direitos”, explica Chaves.
O Projeto Rearticulando Rede Mulher tem a equipe técnica composta pela psicóloga Letícia Rodrigues, a assistente social Diná Serra e a psicóloga/ articuladora de redes Tatiani Torres. A equipe realiza visitas técnicas e rodas de conversas em escolas públicas (municipais, estaduais e federais), movimentos e coletivos feministas, bem como, aos serviços especializados de atendimento à mulher.
Você pode encontrar informações adicionais sobre o projeto no perfil do Movimento de Mulheres em São Gonçalo no Instagram @movimentodemulheres_sg.
O MMSG é entidade da sociedade civil, que atua sem fins lucrativos, fundada há 36 anos (1989), cuja missão é enfrentar todas as formas de preconceitos e discriminações de gênero, raça/etnia, orientação sexual, credo, classe social e aspectos geracionais. A instituição trabalha em defesa dos direitos de crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosas, em especial, àquelas que são vítimas de diversas formas de violências, seja no âmbito doméstico ou extrafamiliar, ou que estejam vivendo com HIV/AIDS. Canal para denúncias: 180. Em caso de ajuda, o MMSG disponibiliza seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, no endereço Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)