Familiares e amigos dão o último adeus a jovem agredido em bar: 'É uma mãe que perdeu o filho, quero justiça'
O corpo do entregador Gabriel Vasconcelos Machado, 27 anos, foi velado e sepultado nesta quarta-feira (17), no Cemitério São Miguel; O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios

Foi sepultado no início da tarde desta quarta-feira (17), no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo, o corpo de Gabriel Vasconcelos, de 27 anos. O jovem, que trabalhava como motorista de aplicativo, foi brutalmente espancado no último domingo (14) no bairro Mutondo e morreu na manhã de segunda-feira (15), no Hospital Estadual Alberto Torres.
Gabriel assistia a uma partida de futebol em um bar quando foi surpreendido por um agressor que o atingiu pelas costas. Segundo relatos de amigos, o agressor teria deferido (de propósito) chutes e socos justamente na região do corpo em que Gabriel tinha mais fragilidade, visto que o mesmo só tinha um rim.
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Vestidos com camisas que continham o rosto de Gabriel estampado e segurando cartazes que clamavam por justiça, familiares e amigos sepultaram o corpo do jovem, sob forte comoção, ao som de aplausos e muitos fogos de artifício.

Consternada com a perda do filho, Fabiana Vasconcelos precisou ser amparada durante todo o sepultamento. E mesmo diante da dor irreparável de enterrar Gabriel, tirou forças para, mais uma vez, pedir por justiça.
"Meu filho era um garoto maravilhoso, carinhoso, trabalhador, estava correndo atrás, batalhador. O que fizeram com ele foi uma crueldade, pegaram ele pelas costas, na covardia, com intuito de matar. A única coisa que eu quero é justiça, quem fala é uma mãe que perdeu o filho", disse Janaína.

Sobre o caso

O jovem, que era morador do bairro Mutondo, assistia ao jogo entre Flamengo e Juventude num bar, na Travessa Maria Alice, quando um homem se aproximou por trás, e desferiu o primeiro golpe, pegando a vítima de surpresa.
Gabriel não conseguiu reagir e foi derrubado no chão, levando outros diversos golpes. Segundo imagens de câmeras de seguranças, embora dezenas de pessoas estivessem no local, ninguém tentou segurar o agressor, que foi embora do local após as agressões.
A vítima conseguiu levantar e chegou a ir para casa, mas cerca de 30 minutos depois se sentiu mal e precisou ser levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde passou por uma cirurgia para retirar parte do baço. Embora o procedimento tenha sido realizado com sucesso esperado pelos médicos, horas depois, na manhã de segunda-feira (15), Gabriel não resistiu e foi a óbito.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios (DHNISG), que já identificou o suspeito.
Até o momento, o homem segue foragido.