"Quem fez isso é covarde", lamentam amigos de infância do jovem morto após ser espancado em bar no Mutondo
Com cartazes que pediam por justiça e lamentavam a morte de Gabriel Vasconcelos, familiares e amigos contaram sobre o ocorrido ao pedirem por justiça

O velório do corpo do jovem motorista de aplicativo Gabriel Vasconcelos, de 27 anos, ocorreu no início da manhã desta quarta-feira (17), na Capela Nova São Gonçalo, no Cemitério São Miguel. Posicionados em frente ao local, dezenas de amigos e familiares vestiam camisas estampadas com o rosto do rapaz e seguravam placas que pediam por justiça.

Gabriel foi brutalmente espancado no último domingo (14) no bairro Mutondo e morreu horas depois, já na manhã de segunda-feira (15), após uma cirurgia de emergência no Hospital Estadual Alberto Torres. Ele assistia a uma partida de futebol em um bar, na Travessa Maria Alice, quando foi surpreendido por um agressor que o atingiu pelas costas. Mesmo diante de dezenas de testemunhas, ninguém interveio, e o agressor fugiu após as agressões.

"A mulher que aparece no vídeo com camisa do (que ainda não sabemos quem é) deu a informação de que ele estava sozinho e depois retira a cadeira e sai, logo em seguida começam as agressões, enquanto ele ainda estava de costas para a rua. Esse assassino veio com a intenção de matar o meu irmão, não machucar. Ele conhecia o Gabriel há muitos anos, sabia que meu irmão só tinha um rim e bateu justamente nessa região", contou Camilly Vitoria Machado Vasconcelos, 21 anos, irmã da vítima.
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Segundo o relato de amigos de infância de Gabriel, os desentendimentos entre o jovem e o assassino vinham desde o colégio (que estudaram juntos). Gabriel perdeu um dos rins após levar uma bolada na época de escola, então, ainda de acordo com os amigos, o agressor sabia da informação e focou em agredi-lo nessa região do corpo.

"Eles haviam brigado, só os dois, há uns seis meses atrás e estavam "empatados" na briga, tinham "resolvido" o conflito. Mas esse assassino não se deu por satisfeito e foi atrás dele, esperou ele estar sozinho, porque sabia que se a gente estivesse por perto, nunca deixaríamos isso acontecer [...] e ele fazia isso com frequência, passava por nós, no bar, sempre acompanhado e embriagado, e ameaçava que iria "pegar" ele. Mas como sempre estavamos junto com o Gabriel, nunca aconteceu nada", contou um amigo, que relatou ter chegado ao local do ocorrido logo após a agressão, porque havia marcado de assistir o jogo com Gabriel.
Boas lembranças
Mesmo diante da dor da perda de um ente querido, amigos fizeram questão de relatar a importância de Gabriel em suas vidas e o legado de amor deixado por ele.
"Era uma criança grande, muito bom de coração. Falava eu te amo toda vez que me via, demonstrava o amor pelos amigos com palavras e com atitudes, porque sempre esteve presente na nossa vida, sempre fez questão, sempre nos priorizava", contou um amigo de infância.

"Olha quantos amigos estão aqui, isso já diz muito sobre quem ele era. Mas a gente confia na justiça e espera que a morte dele não seja em vão. Que tenha a devida punição a quem merece", completou outro amigo.

O caso é investigado pela Polícia Civil, que já identificou o suspeito.