Grávida perde bebê em UPA de Nilópolis e médica acusada de negar atendimento é afastada da unidade; Vídeo
Segundo Jony Bravo, pai do bebê, a mulher, que apresentava forte sangramento, não recebeu socorro no local e acabou perdendo o neném

O barbeiro penitenciário conhecido como Jony Bravo do Corte viveu momentos de desespero na madrugada da última quinta-feira (11) após sua esposa, Yohanna Pontes, grávida de 6 semanas, ter perdido o bebê, segundo ele, por falta de atendimento na UPA Municipalizada de Nilópolis.
Jony expôs a denúncia de recusa de atendimento através de um vídeo publicado nas redes sociais. Segundo o pai do bebê, a mulher, que apresentava forte sangramento, não recebeu socorro no local e acabou perdendo o neném. Segundo ele, mãe se recupera bem.
De acordo com a publicação de Jony, o casal procurou a UPA depois que a gestante expeliu o que o rapaz descreveu como uma “bola de sangue” e aparentava estar perdendo o bebê.
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No vídeo ele aparece transtornado pedindo ajuda e relatando que a médica de plantão teria informado "não poder atender".
"Minha esposa! Está perdendo o meu filho! Vocês são mães, vocês são pais! Pelo amor de Deus!", gritava o pai, visivelmente abalado, enquanto filmava a porta do consultório, que foi fechada por uma funcionária do hospital a quem Jony se refere como a "médica que teria negado o atendimento".
Nas imagens publicadas, Jony afirmou ainda que teria buscado socorro no Hospital Estadual Vereador Melchiades Calazans, sem sucesso, e que só conseguiu o transporte da mulher para a Maternidade do Hospital Municipal Juscelino Kubitschek após moradores presenciarem a cena e cobrarem a equipe da ambulância.
"Só levaram ela para o Juscelino por que moradores viram meu desespero e obrigaram a ambulância a levá-la. Quem conhece a UPA sabe que a ambulância fica parada, os caras fumando cigarro e batendo papo. Foi negada a ajuda. Obrigado, moradores, salvaram a vida da minha esposa. Para quem é pai, ou será, sabe o desespero que é. Nem dormi direito, só queria pelo menos uma injeção para amenizar a dor da minha esposa. Será que pedi muito?", disse.
Em nota, a Prefeitura de Nilópolis informou que afastou temporariamente a médica de plantão acusada de negar atendimento à gestante. O bebê acabou não resistindo.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou ter instaurado um processo administrativo para apurar os fatos e reforçou que "não compactua com má conduta de profissionais". Ainda de acordo com a Secretaria, as imagens do circuito interno da unidade também estão sendo analisadas.