Adolescente é atacada por pitbull da família ao tentar socorrer o animal em São Gonçalo
Após a queda do cão de uma laje, adolescente se aproximou para ajudá-lo e foi atacada

Uma adolescente de aproximadamente 15 anos foi atacada pelo pitbull da própria família na tarde da última quarta-feira (10), no bairro da Amendoeira, em São Gonçalo. O ataque aconteceu após a jovem tentar socorrer o animal, que havia caído de uma laje.
De acordo com testemunhas, o cão estava sobre a laje da residência durante a tarde e teria se atirado, possivelmente devido ao calor intenso, sofrendo ferimentos com a queda. Ao ver a situação, a adolescente correu até o local para ajudar o animal. No entanto, ao se aproximar, o pitbull a atacou violentamente.
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A jovem tentou fugir, e foi socorrida por pessoas que passavam pela rua. Revoltados com a cena, moradores da região mataram o animal a pauladas.
A adolescente foi levada para um hospital da região. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre seu estado de saúde.
Casos recorrentes
O caso em São Gonçalo é mais um entre diversos ataques envolvendo cães da raça pitbull registrados no estado do Rio de Janeiro nos últimos anos.
Em abril de 2024, a escritora Roseana Murray foi brutalmente atacada por três pitbulls enquanto caminhava em Saquarema, na Região dos Lagos. A escritora teve o braço direito amputado, além de graves ferimentos no rosto. Ela foi resgatada de helicóptero e levada ao Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo.
Em 2019, uma menina de três anos e sua mãe foram atacadas por três pitbulls no bairro Jóquei, também em São Gonçalo. O ataque só foi interrompido após a intervenção de um motorista de aplicativo, que jogou o carro contra os animais. A criança foi internada no Hospital Geral de São Gonçalo em estado grave.
Já em janeiro de 2017, um idoso de 83 anos morreu após ser atacado por três cachorros da raça pit bull. O caso aconteceu na Avenida Dezoito do Forte, no Mutuá.
Responsabilidade legal
A legislação brasileira prevê punições para a omissão de cautela na guarda de animais perigosos. De acordo com a Lei de Contravenções Penais, o tutor pode ser responsabilizado caso:
• Deixe o animal em liberdade;
• Confie sua guarda a pessoa inexperiente;
• Ou não tome as devidas precauções para evitar ataques.
A pena nesses casos varia de 10 dias a 2 meses de prisão, ou multa. Em situações mais graves, quando há ferimentos ou mortes, o tutor pode responder por lesão corporal culposa ou homicídio culposo, com penas que podem chegar a três anos de reclusão.