Morre aos 66 anos Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas do país
Cantor e compositor enfrentava sequelas de AVC desde 2017; sambista carioca foi autor de mais de 500 canções e fez história no mundo do samba

Morreu nesta sexta-feira (08), aos 66 anos, o cantor e compositor Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro. O artista morreu em um hospital no Rio, onde tratava de um quadro de pneumonia, segundo informações confirmadas pela família do cantor. Há oito anos, ele enfrentava sequelas severas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico sofrido em março de 2017.
O compositor já não fazia mais shows e apresentava graves dificuldades de comunicação há alguns anos. Ele chegou a passar mais de um ano internado continuamente após sofrer o AVC, além de ter passado por internações ocasionais nos últimos anos - boa parte delas por conta de problemas respiratórios.
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Arlindo trabalhava com música desde a juventude. Como todo brasileiro de origem humilde, antes da carreira artística, se mantinha como trocador de ônibus. No início da carreira, ele passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos, onde iniciou a parceria com sambistas como Jorge Aragão, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho. Foi nessa época que ele começou a chamar atenção como compositor, com canções como Grande Erro e Novo Amor sendo gravada por artistas de sucesso na época, como Alcione e a própria Beth.
Em 1981, Arlindo substituiu Jorge Aragão no Fundo de Quintal e assumiu como vocalista do grupo, onde ganhou destaque como cantor. Ele continuou no grupo até os anos 90 e, após sair do conjunto, seguiu em carreira solo até 2017. Ao todo, o artista compôs mais de 550 sambas gravados por diferentes artistas. ele deixa dois filhos - Arlindinho Cruz e Flora Cruz - além da esposa, a empresária e produtora Babi Cruz, com quem manteve mais de 26 anos de relacionamento.