Justiça do RJ determina prisão do rapper Oruam
O MC é acusado de impedir que um menor fosse apreendido pela polícia

O rapper Oruam teve o mandado de prisão expedido na manhã desta terça-feira (22), pela Justiça do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, o músico foi indiciado por 6 crimes, depois de impedir que policiais apreendessem um menor que estava sendo procurado pelo crime de roubo.
Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) monitoravam o adolescente, suspeito de atuar como segurança de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, um dos líderes do CV. Na ação, o suspeito foi abordado ao sair da casa de Oruam, acompanhado de outras quatro pessoas, e teve um celular e um cordão apreendidos. Neste momento, Oruam e mais oito indivíduos surgiram na varanda do imóvel do artista, atirando pedras e proferindo ofensas contra os policiais. Um dos agentes ficou ferido.
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Nos stories postados pelo cantor após o vídeo da abordagem, Oruam desafia as autoridades policiais enquanto marca sua localização na postagem: “Quero ver me pegar aqui na Penha. Vocês querem que eu vire bandido, que eu me revolte, né? Vem me pegar aqui agora, entra aqui pra tu ver!”, declarou.
“Eu quero ver vocês me pegarem aqui dentro do Complexo. Não vai me pegar! Vai tomar no c*. Eu sou filho do Marcinho, seus filhos da put*”, gritou, se referindo ao fato de ser filho de Márcio Nepomuceno dos Santos, o "Marcinho da VP", apontado como um dos integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro.
De acordo com os investigadores da DRE, Oruam se identificou como filho de "Marcinho VP", uma das principais lideranças da facção, numa tentativa de intimidação. Durante a confusão, um dos envolvidos correu para dentro do imóvel, sendo preso em flagrante pelos crimes de desacato, resistência, lesão corporal, ameaça, dano e associação ao tráfico.
Ainda de acordo com a DRE, essa é a segunda vez, em menos de seis meses, que integrantes do Comando Vermelho são localizados dentro da mesma residência.
A defesa do rapper alegou que, até o momento, não teve acesso ao inquérito policial e por causa disso não irá se manifestar.