Niterói recebe pinguins vindos da Patagônia durante o inverno
Bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais e Sustentabilidade explica visita dos animais à Niterói

Com 12 praias em sua orla, Niterói se torna, todos os anos, ponto de parada para visitantes que vêm de longe, sejam humanos ou não, como os pinguins-de-magalhães. Vindos da Patagônia chilena e argentina, esses animais migram durante o inverno em busca de alimento e águas mais quentes. Eles são vistos com frequência por moradores, principalmente em praias da Região Oceânica. Para garantir que esses animais que despertam a atenção de todos fiquem protegidos, e para que a população também não corra riscos, a Prefeitura dá algumas dicas sobre o que fazer no caso de encontrar um pinguim na praia. Pegar no colo ou tirar da água está descartado.
A bióloga Natália Almeida, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais e Sustentabilidade, explica que os pinguins-de-magalhães são os que mais costumam aparecer por aqui.
“Eles nadam por muitos quilômetros e, quando estão cansados ou desnutridos, acabam encalhando em áreas costeiras como Niterói. É uma espécie acostumada com o frio extremo. Então, o calor daqui já é um desafio a mais. Eles entram nessa rota migratória em busca de alimentos e águas mais quentes, já que nesta época do ano a Patagonia é muito gelada”, explica a bióloga.
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Natália Almeida explica ainda que os animais percorrem grandes distâncias, pegam muito vento e passam por dificuldades durante a rota migratória como correntes muito frias e até ação de predadores. Alguns que se perdem do bando podem ficar mais desnutridos ou suscetíveis a doenças, o que requer uma atenção especial quando chegam numa praia.
Segurança no resgate – Para garantir que os pinguins sejam socorridos da forma correta, a Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal de Niterói reforça que algumas orientações importantes devem ser levadas em conta.
Ao encontrar um pinguim, o ideal é isolar a área e manter distância. Não se deve tentar devolvê-lo ao mar, molhá-lo, colocá-lo no gelo ou alimentá-lo. Se ele saiu da água, é porque precisa descansar ou está debilitado. Muitas vezes ele pode estar com hipotermia. É importante isolar a área e chamar por socorro. A Guarda Municipal chegará para um atendimento adequado com pessoal treinado.
A recomendação da Coordenadoria de Meio Ambiente é acionar a equipe do CISP (Centro Integrado de Segurança Pública) pelo telefone 153. Os agentes ambientais são capacitados para realizar o resgate em segurança. Depois disso, o animal é encaminhado ao Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, que cuida da reabilitação até que ele esteja pronto para retornar à natureza.