Donald Trump quer mudar receita da Coca-Cola nos EUA
Trump diz que convenceu a Coca‑Cola a trocar xarope de milho por açúcar de cana nos EUA

Nesta quarta-feira (16 de julho de 2025), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em sua rede social Truth Social que teria influenciado a maior fabricante de refrigerantes do país a substituir, na Coca‑Cola vendida nos EUA, o adoçante de xarope de milho com alto teor de frutose por açúcar de cana “de verdade”. “Será uma jogada muito boa por parte deles vocês vão ver. É simplesmente melhor!”, escreveu Trump.
A Coca‑Cola, embora não tenha confirmado oficialmente a mudança, respondeu com cautela. Um porta-voz agradeceu o entusiasmo de Trump e mencionou que “mais detalhes sobre novas ofertas inovadoras em nossa linha de produtos serão divulgados em breve”. Em um pronunciamento adicional, a empresa reforçou que o xarope de milho é seguro, tem valor calórico semelhante ao açúcar comum e é amplamente utilizado nos EUA.
A discussão sobre o adoçante nas bebida dos EUA não é nova desde os anos 1980, a Coca‑Cola usa xarope de milho, uma opção mais barateira e estável, mas diferente da tradicional versão adoçada com cana, ainda usada em países como México, Reino Unido e Austrália.
A iniciativa se insere na campanha de saúde pública batizada de “Make America Healthy Again” capitaneada pelo secretário de Saúde Robert F. Kennedy Jr, que critica desde o xarope de milho até corantes artificiais nos alimentos. Especialistas em nutrição, porém, observam que, ainda que o tipo de açúcar mude, o impacto na ingestão de calorias e saúde pode ser mais simbólico do que efetivo afinal, tanto o açúcar de cana quanto o xarope de milho contêm quantidades similares de frutose e calorias.
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Por outro lado, líderes da indústria do milho, como John Bode, da Corn Refiners Association, alertam que essa migração para o açúcar de cana pode ameaçar empregos nos EUA, reduzir renda agrícola e estimular dependência de importações
Mais do que uma reformulação de suco, o anúncio de Trump parece estar carregado de carga política e simbólica fortalecendo laços com produtores de cana da Flórida, seu estado natal, e mobilizando sensibilidades populares com uma bandeira de “voltar ao tradicional”.