Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,6305 | Euro R$ 6,4368
Search

Bailarino carioca tem visto negado e fica impedido de atuar em Nova York

Após uma década se apresentando nos EUA, Luiz Fernando da Silva vê sua carreira ser pausada por mudanças na política migratória

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de junho de 2025 - 12:53
De acordo com o artista, as autoridades dos EUA informaram que depois de analisar as evidências, determinaram que o visto não poderia ser aprovado
De acordo com o artista, as autoridades dos EUA informaram que depois de analisar as evidências, determinaram que o visto não poderia ser aprovado -

Após uma década se apresentando nos principais palcos dos Estados Unidos e com todos os documentos regularizados, o bailarino carioca Luiz Fernando da Silva, de 29 anos, teve o visto de trabalho negado pelas autoridades norte-americanas. Com isso, ele foi impedido de assumir seu novo posto em uma das companhias de dança mais prestigiadas do país, sediada em Nova York.


Leia também:

MMSG realiza o 3º Encontro Bimensal da Rede Mulher

Polícia Civil prende traficante e líder comunitário por tentativa de homicídio contra vereador de Caxias


Em entrevista ao UOL, o bailarino, que está ao lado da família em Barra Mansa (RJ), disse que toda a situação “foi um choque”.

A situação que Luiz Fernando está enfrentando é frequente entre profissionais estrangeiros, acadêmicos e artistas que vivem nos EUA. A política migratória começou a ser revisada com rigor, afetando milhares de pessoas durante o governo de Donald Trump.

Durante 10 anos, o bailarino carioca integrou o Miami City Ballet. No ano passado, ele decidiu sair da companhia, sendo contratado pela Dance Theatre de Harlem, com sede em Nova York.

Quando o contrato com a Miami foi encerrado, o visto também passou pelo mesmo processo. Luiz Fernando poderia ficar nos EUA aguardando o novo documento, entretanto, não teria trabalho ou renda. Dessa forma, ele optou por retornar ao Brasil para esperar o novo visto ao lado da família.

O bailarino acreditava que por ter um contrato já assinado não correria riscos. “Nunca pensei que aconteceria comigo”, falou em entrevista ao UOL.

O brasileiro disse que, quando Donald Trump foi eleito no final de 2024, ficou claro que a situação dos estrangeiros poderia ser complicada. “Eu não contava com tudo o que aconteceria no mundo. O plano nunca foi ficar no Brasil. Eu já tinha um contrato assinado com o Harlem quando decidi voltar”, explicou.

Superação

A trajetória de Luiz Fernando no balé começou aos 11 anos, em um curso de curta duração. Aos 15, retomou a dança e ingressou em uma escola especializada em Porto Real (RJ), enfrentando dificuldades financeiras e longos deslocamentos diários. Seu talento garantiu apoio da escola, que ofereceu vale-transporte para que continuasse. Participou de festivais e, aos 16 anos, viajou a Nova York para um concurso. Em 2013, ganhou uma bolsa de verão no Miami City Ballet, onde mais tarde foi convidado a estudar e, em 2016, contratado como bailarino profissional. Desde então, se apresentou em diversas cidades dos EUA, superando barreiras sociais e econômicas para construir uma carreira internacional.

Matérias Relacionadas