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Ativistas de São Gonçalo são eleitos para representar o Leste Fluminense no Conselho Estadual de Cultura

Professora Yonara Costa foi eleita para o Conselho Estadual de Cultura da Região Metropolitana III; Idealizador do Flisgo, Alberto Rodrigues foi eleito para o segmento Literatura

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de maio de 2025 - 15:00
Yonara Costa e Alberto Rodrigues
Yonara Costa e Alberto Rodrigues -

Pelo menos dois ativistas moradores de São Gonçalo estarão representando a Cultura no Conselho Estadual do Leste Fluminense nos próximos dois anos. A professora e escritora Yonara Costa, moradora de São Gonçalo e figura atuante na cena cultural fluminense, foi eleita Conselheira Estadual de Cultura da Região Metropolitana III; Jacineide Soares, a Mãe Jaci, escritora e ativista antirracista de Maricá ficou como suplente do cargo. Para o segmento de literatura, a região será representada pelo produtor cultural e escritor Alberto Rodrigues, morador de São Gonçalo, ampliando o alcance das pautas voltadas para a criação, circulação e valorização das obras literárias produzidas fora dos grandes centros.

A Região Metropolitana III ou Leste Fluminense engloba as cidades de São Gonçalo, Niterói, Maricá, Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito. A eleição integra a composição do Conselho Estadual de Política Cultural do Rio de Janeiro (CEPC-RJ), órgão paritário e deliberativo do Sistema Estadual de Cultura, instituído pela Lei nº 7035, de 7 de julho de 2015. A lista completa dos Conselheiros Eleitos em todo o estado do Rio de Janeiro pode ser consultada neste link: http://cultura.rj.gov.br/cepc/.

A cerimônia de posse dos novos conselheiros será realizada no dia 24 de maio, às 10h, no Salão Assyrio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O evento será conduzido pela Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, e promete ser um momento de celebração, acolhimento e reafirmação do papel essencial da cultura na vida social e política fluminense.

Yonara Costa

Doutoranda em História Social pela Faculdade de Formação de Professores (FFP-Uerj), mestre em Literatura Brasileira, Yonara Costa atuou como professora da rede pública e privada por mais de 20 anos. Idealizadora do Coletivo Escritoras Vivas - 50 autoras de São Gonçalo e Niterói - com presença constante em eventos culturais e educacionais do estado, Yonara é reconhecida por sua atuação nas áreas de formação leitora, mediação de leitura e produção de conteúdo literário voltado para públicos diversos, sobretudo em territórios marcados por invisibilização histórica.

Entre as expectativas para a gestão, Yonara destaca a importância de trazer a união entre os fazedores de cultura. "É importante que a sociedade civil tome para si responsabilidades. Quando votamos, não assinamos uma autorização em branco para que o executivo e o legislativo tomem as decisões por toda população. A sociedade civil organizada precisa propor, organizar e fiscalizar ações de modo a atender os interesses da população. Principalmente na cultura, depois de tantos anos em que a área foi desmantelada por governos anteriores. Os fazedores de cultura precisam estar unidos e esclarecidos das reais possibilidades de acesso a editais, leis de fomento e espaços culturais. Para isso, faz-se mais que urgente uma representação sólida do Leste Fluminense que fortaleça a região, e lute para a democratização dos recursos", explica.

Alberto Rodrigues

A "confluência como potência" também será o mote da gestão de Alberto Rodrigues. "Ao assumir a função de conselheiro estadual de política cultural no segmento das áreas da literatura, inspiro-me na reflexão de Nego Bispo: 'Um rio não deixa de ser um rio quando ele conflui com outro rio. Ele continua em sua essência'. Minha expectativa para os próximos dois anos é contribuir para a construção de políticas públicas que reconheçam e respeitem a diversidade dos territórios, saberes e expressões literárias do estado. Acredito na confluência como potência: promover o diálogo entre diferentes vozes e experiências, sem hierarquizar ou apagar, é essencial para uma política cultural verdadeiramente democrática e transformadora", destaca o produtor cultural.

Idealizador e coordenador do Festival Literário de São Gonçalo (Flisgo) desde 2019, Alberto Rodrigues tem experiência de mais de 10 anos com produção cultural. Publicitário e escritor, é coordenador do Grupo Acesso Cultural e foi candidato a vereador de São Gonçalo pelo MDB nas Eleições 2024.

A eleição de ambos para o CEPC-RJ representa uma conquista simbólica e prática para o Leste Fluminense, região que reúne uma pluralidade de manifestações culturais, mas que historicamente carece de representatividade efetiva nas instâncias de decisão.

O que faz um conselheiro de cultura?

Os conselheiros estaduais de cultura contribuem ativamente para a elaboração de planos e programas culturais, definindo prioridades para o desenvolvimento artístico e patrimonial do estado. Além disso, monitoram a aplicação de recursos em projetos culturais, emitem pareceres técnicos, propõem ações de preservação do patrimônio e fortalecem a articulação entre a cultura e outras áreas, como educação, turismo e desenvolvimento social.

Representando a sociedade civil, o conselheiro também é ponte entre o governo e as comunidades culturais, garantindo que as decisões políticas reflitam a diversidade de vozes e necessidades dos territórios.

O cargo não é remunerado, mas carrega enorme responsabilidade: cabe ao conselheiro planejar, fiscalizar, assessorar e promover ações que assegurem a gestão democrática da cultura em todas as suas expressões.

Redes sociais:

Yonara Costa: https://www.instagram.com/yonaracostauerj/

Alberto Rodrigues: https://www.instagram.com/albertoflisgo/


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