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Julgamento de influenciadoras de São Gonçalo começa nesta quinta-feira (13)

Elas foram acusadas, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), de cometer o crime de injúria racial contra duas crianças negras

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de março de 2025 - 14:33
Os dois vídeos foram registrados e publicados nas redes sociais, causando indignação entre os internautas e, mais tarde, uma denúncia formal ao MPRJ
Os dois vídeos foram registrados e publicados nas redes sociais, causando indignação entre os internautas e, mais tarde, uma denúncia formal ao MPRJ -

O julgamento das influenciadoras de São Gonçalo, Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves, mãe e filha, começa nesta quinta-feira (13), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Elas foram acusadas, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), de cometer o crime de injúria racial contra duas crianças negras.

Como prova da acusação, o MPRJ apresentou dois vídeos gravados e divulgados por elas em suas redes sociais, no primeiro semestre de 2023, onde aparecem dando presentes para crianças negras em São Gonçalo.


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Na primeira gravação, Kerollen surge oferecendo uma banana para um menino de 10 anos, que estava vendendo balas próximo a um supermercado da cidade. A mulher ainda pergunta ao menino se ele queria o presente ou R$ 10. A criança, ao notar o que era o presente, demonstra desinteresse e diz que não gostou, e depois sai andando.

No segundo vídeo, as mulheres param uma menina de 9 anos, no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo. A dinâmica do vídeo é semelhante à do primeiro; a mulher quer que a criança escolha entre R$ 5 ou uma caixa. Após escolher e abrir a caixa, a menina se depara com um macaco de pelúcia e parece gostar do brinquedo, abraçando a pelúcia e agradecendo.

Os dois vídeos foram registrados e publicados nas redes sociais, causando indignação entre os internautas e, mais tarde, uma denúncia formal ao MPRJ.

De acordo com a visão do MPRJ, a entrega de uma banana e de um macaco de pelúcia para crianças negras configura o ato de injúria racial, uma vez que remete a ideias racistas de associar pessoas negras a macacos, aumentando estereótipos. Além disso, a denúncia ainda classificou a ação de mãe e filha como uma espécie de deboche, desrespeito e ofensa à dignidade das vítimas.

Dessa forma, o Ministério Público do Rio de Janeiro está pedindo a condenação das influenciadoras digitais, além de pagar uma indenização de R$ 20 mil para as crianças, para compensar os danos morais. Nesta quinta-feira (13), às 13h40, ocorrerá a primeira audiência de instrução e julgamento, na Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, no Colubandê.

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