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Energia solar vale dinheiro na bolsa de valores

Ações de empresas ligadas ao setor e fundos imobiliários são opções promissoras para os investidores

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de março de 2024 - 08:37
A energia solar tornou-se mais viável e popular com o desenvolvimento tecnológico e o barateamento dos custos de sua implementação
A energia solar tornou-se mais viável e popular com o desenvolvimento tecnológico e o barateamento dos custos de sua implementação -

Com o mercado de energia solar cada vez mais aquecido, empresas que geram energia sustentável e limpa tiveram suas ações valorizadas na bolsa de valores brasileira (B3). Com isso, surgem novas oportunidades para os investidores alocarem seus recursos em opções vantajosas e promissoras.

A energia solar tornou-se mais viável e popular com o desenvolvimento tecnológico e o barateamento dos custos de sua implementação. Uma das consequências desse processo para o mercado financeiro foi o aumento da procura dos investidores por ações de companhias de energia.


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Para se ter uma ideia, segundo o relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking mundial de geração de energia solar. Além disso, a energia solar fotovoltaica é a segunda maior fonte elétrica do país, ficando atrás somente da fonte hídrica, que ocupa um pouco mais da metade (50,6%) da matriz energética nacional.

Na prática, esse movimento significa que a energia fotovoltaica foi amplamente instalada tanto em grandes usinas – chamada de geração centralizada – quanto em usinas menores e pessoais – conhecida por geração distribuída. Dessa forma, além da expansão que vai desde grandes usinas até os telhados e quintais das casas dos brasileiros, a energia solar tem se mostrado um forte vetor econômico.

Setor tem gerado cada vez mais investimentos e empregos

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012, a geração solar trouxe R$ 184,3 bilhões em novos investimentos ao Brasil. Foram registrados ainda mais de R$ 51,7 bilhões em arrecadações aos cofres públicos e aproximadamente 1,1 milhão de empregos acumulados. Segundo a Absolar, a tecnologia também evitou a emissão de 46,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

No segmento de geração distribuída de energia, a associação aponta que o Brasil possui 26,3 GW de potência instalada da fonte solar. Em investimentos, isso é equivalente a R$ 132 bilhões, R$ 33,9 bilhões em arrecadação e a 789 mil empregos desde 2012.

Já no segmento de geração centralizada, o país conta com 11,7 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Os empreendimentos fotovoltaicos geraram R$ 52,4 bilhões em novos investimentos no Brasil desde 2012, uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 17,8 bilhões e um quantitativo que supera a marca de 351 mil empregos acumulados.

Empresas de energia na Bolsa de Valores brasileira

Diante de um cenário de aumento de interesse e de crescimento mundial em energias renováveis, o número de empresas de energia na bolsa aumentou nos últimos anos. Algumas das empresas de geração de energia com ações listadas na B3 são Auren, AES Brasil, Copel, Cemig, CPFL Energia, Energisa, Eletrobras, Engie Brasil, EDP Brasil, Equatorial, Light, Neoenergia e Omega Energia. A maioria delas tem energia hidrelétrica em seu portfólio e algumas também investem nas modalidades eólica e solar.

A B3 mantém o Índice de Energia Elétrica (IEE), dedicado a acompanhar o desempenho das ações das empresas de energia elétrica. O material conta com 18 ações de transmissoras, geradoras e distribuidoras de energia. O objetivo do IEE, conforme a B3, é demonstrar o desempenho médio das cotações dos ativos que possuam maior negociabilidade e representatividade do setor de energia elétrica.

Fundos imobiliários também são opções de investimento

Além de ser possível se expor ao mercado financeiro de energias limpas por meio de empresas listadas na bolsa, o mercado de fundos imobiliários (FII) também é uma opção de investimento nessa área. O Suno Energia Limpas (SNEL11), por exemplo, foi o primeiro FII aberto para o público e, segundo o especialista em projetos solares e responsável técnico do fundo, Rafael Menezes, em entrevista à imprensa, a projeção é de retornos de 20% ao ano.

Uma das vantagens oferecidas nesta opção de aplicação é a eficiência tributária. Como o FII investe diretamente em projetos, a figura de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), por exemplo, que tem receita tributada, não é necessária, podendo oferecer um retorno maior mesmo em condições iguais, conforme o consultor.

Além disso, ele enfatiza os rendimentos dos fundos imobiliários, ainda referente à questão dos impostos, como outro ponto positivo, já que, com mais de 500 cotistas – como no caso do SNEL11 – há a isenção de Imposto de Renda (IR). O modelo de geração distribuída, negócio escolhido para o fundo, traz ainda flexibilidade de tarifas, uma vez que a energia é gerada próximo ou no próprio local de consumo.

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