Funcionários envolvidos em episódio de racismo e denunciados por Vilma Nascimento são demitidos
Dufry Brasil alegou que os demitiu "por quebra dos protocolos da empresa"
![Porta-bandeira Vilma Nascimento](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Artigo-Destaque/140000/1200x720/Funcionarios-envolvidos-em-episodio-de-racismo-e-d0014095800202312021647-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F140000%2FFuncionarios-envolvidos-em-episodio-de-racismo-e-d0014095800202312021647.webp%3Fxid%3D587388%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1713799485&xid=587388)
Os quatro funcionários que participaram de um caso de racismo no aeroporto de Brasília foram demitidos pela Dufry Brasil. Vilma Nascimento, porta-bandeira histórica da escola de samba Portela, foi responsável por realizar a denúncia.
A Dufry, que possui a concessão do varejo no terminal, terminou a investigação interna e, posteriormente, os demitiu "por quebra dos protocolos da empresa".
Segundo a apuração da empresa, não houve furto na loja em que Vilma foi acompanhada da filha Danielle, que foi com a intenção de comprar presentes para o filho e marido.
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Relato de Vilma:
"Quando nós chegamos ao aeroporto, Danielle quis comprar uma lembrança para o filho dela e para o marido. Ela ficou olhando o presente, fiquei vendo os perfumes. Sou considerada, no mundo do samba, a cheirosa. O vendedor ficou me acompanhando, me falando os preços porque não enxergo direito. Quando Daniele acabou de comprar, ela pagou o que comprou e saímos. Quando passo pela loja, a segurança chama a gente para entrar e revistar a bolsa. Nunca imaginei ter que passar por isso na vida.", declarou a porta-bandeira.
O crime ocorreu no dia 21 de novembro, um dia após a porta-bandeira Vilma, de 85 anos, ter sido homenageada no Dia da Consciência Negra, em uma cerimônia que aconteceu em Brasília.
A diretoria da Dufry esteve com Vilma e Danielle, sua filha, para se desculpar "pessoalmente pelo constrangimento a que foram submetidas na loja da empresa".