Homem atira em advogada após discussão; veja o vídeo

Um homem invadiu o escritório de uma advogada e atirou contra ela quatro vezes, em Campos dos Goytacazes, no interior do Rio, na quarta-feira (26). De acordo com a Polícia Civil, o acusado havia agredido a própria namorada um dia antes de cometer o crime. Apesar de sofrer ferimentos, a advogada sobreviveu ao ataque.

Segundo a Polícia Civil, um dia antes de invadir o escritório da advogada, ele agrediu violentamente a namorada, na terça-feira (25). No entanto, a polícia não deu mais detalhes sobre o crime. A corporação informou que o acusado não tinha antecedentes criminais até a agressão contra a namorada.

O homem de 21 anos foi preso enquanto tentava fugir do escritório, que fica em um shopping. O ataque à advogada foi registrado por uma câmera de segurança. A análise preliminar das imagens mostram o homem realizando quatro disparos, sendo que três deles atingiram a vítima. A polícia destacou que a advogada não morreu porque conseguiu se defender entrando em luta corporal com o autor e conseguiu pegar a arma.

A vítima foi socorrida e está internada em um hospital particular da cidade. A unidade não deu informações sobre o estado de saúde dela. Em nota, o hospital afirmou que, "conforme preceitua o Conselho Federal de Medicina, segue as orientações de que as informações de prontuário médico são sigilosas e pertencem ao paciente ou seus familiares".

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), emitiu nota pública sobre o caso, dizendo estar ciente sobre a tentativa de homicídio contra a advogada, que é inscrita na 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Estado do Rio Janeiro.

"(...) Considerando que, aparentemente, o crime possui relação com a atividade profissional da advogada, a OAB Campos, por meio de sua Comissão de Prerrogativas, designou o Dr. Glaidemir Resende para acompanhar as investigações que estão sendo conduzidas com brilhantismo, pelos policiais da Deam-Campos dos Goytacazes", complementa a OAB.

Dívida motivou ataque

De acordo com as informações da Polícia Civil, o agressor era cliente da advogada. Ela cuidava de várias causas dele, dentre elas um inventário do pai do cliente, mas estava com pagamento dos honorários atrasados. A advogada explicou que o acusado estava devendo cerca de R$ 160 mil reais a ela.

O homem foi autuado por tentativa de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A pena da tentativa de homicídio pode chegar a 30 anos, com redução de 1/3 a 2/3 terços. A pena do porte ilegal de arma de fogo de uso restrito é de 3 a 6 anos.