Ministro da Saúde afirma dialogar com a China sobre a falta de insumos do Butantan
Instituto comunicou, nesta quarta-feira (07), a suspensão da produção da CoronaVac
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, na noite desta quarta-feira (07), que o governo brasileiro tenta conversar com a China para contornar o problema em relação à falta de insumos do Instituto Butantan.
A produção da vacina CoronaVac sofreu uma pausa temporária devido ao atrasos dos insumos IFA (Insumo Farmacêutico Ativo). A previsão era de que o carregamento da China chegasse nesta semana, mas a entrega foi adiada.
Queiroga respondeu alguns jornalistas na saída do jantar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com empresários, em São Paulo.
"Tivemos com o embaixador [da China no Brasil] Yang Wanming, e ele tem sido muito sensível a essa questão. Vamos continuar dialogando para buscar superação dessa questão do IFA. E fazer com que o Butantan, que é patrimônio de cada um dos brasileiros, possa ter a sua capacidade de produção restabelecida e ter as doses suficientes para vacinar a nossa população", disse o ministro.
O Instituto Butantan garantiu que o atraso faz parte da cadeia produtiva da vacina e não deve prejudicar o cronograma de entrega das doses ao PNI (Plano Nacional de Vacinação). A CoronaVac é desenvolvida no Butantan com insumos da chinesa Sinovac e ainda depende do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) importado para que a produção tenha continuidade.
O Butantan divulgou uma nota confirmando que todas as doses com a matéria-prima já recebidas já foram envasadas e afirmou ainda que a produção não sofreu uma paralisação porque as doses "estão no processo de inspeção de qualidade".
"Neste momento, cerca de 2,5 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controle de qualidade — parte integrante do processo produtivo — para serem entregues na semana que vem ao PNI", comunicou o Butantan.