Diretoria do Vasco associativo entra com primeira ação na Justiça contra a 777 Partners
Ação corre em sigilo e busca garantias da empresa americana para a saúde financeira da SAF vascaína
A diretoria associativa do Vasco, comandada pelo presidente Pedrinho, entrou na Justiça contra a 777 Partners, dona da SAF do clube, na última terça-feira (14). A ação cautelar corre em segredo na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O movimento tem o interesse em buscar garantias da saúde financeira da SAF do Vasco, citando o artigo 477 do Código Civil.
"Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la", diz o texto do artigo.
Tratado em sigilo, a diretoria do Vasco associativo não comenta o caso. O movimento faz parte de um processo de romper com a 777, acusada de fraude em processo na Justiça dos EUA. A situação gerou dúvidas nos dirigentes do associativo sobre o futuro da saúde financeira do SAF do Vasco. A 777 Partners ainda não se pronunciou sobre o caso.
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A ação tenta resguardar o Vasco em caso de possível penhora das ações da SAF vascaína e para o caso de a 777 colocar a SAF como garantia em caso de falência ou insolvência da 777. Pedrinho e seus pares entendem que o grupo americano passa por dificuldades e não estão convencidos de que vão conseguir manter os compromissos com o Vasco e querem repassar a SAF para outro investidor.
Até o momento, a 777 está em dia com suas obrigações no Vasco. Em outubro de 2023, houve atraso de alguns dias no pagamento de R$ 110 milhões. O maior aporte de todos está previsto para setembro deste ano. Em 2023, segundo o balanço publicado no último dia 30, a SAF do Vasco teve prejuízo de R$ 123 milhões.