De SG para o universo da Turma da Mônica: atores mirins dão vida aos personagens de 'Mauricio de Sousa - O Filme'
Esther Barbio, 6, e Diego Laumar, 11, ambos naturais de São Gonçalo, deram vida à Magali e Maurício de Sousa na infância

Um dos principais nomes dos quadrinhos brasileiros e grande responsável pela alfabetização de inúmeras crianças do Brasil, o quadrinista Maurício de Sousa completou 90 anos no último mês, e, para celebrar a data histórica, a cinebiografia "Mauricio de Sousa - O Filme" celebrou, este ano, a trajetória do criador da Turma da Mônica, desde a sua infância até meados de 1970, das brincadeiras de criança até a criação de personagens como Mônica, Cebolinha e Bidu.
E para interpretar os personagens, dois atores mirins, naturais de São Gonçalo, receberam a oportunidade de vivenciar o dia a dia de uma produção nacional. Esther Barbio, de 6 anos, deu vida à Magali, enquanto Diego Laumar, 11, interpretou o próprio Maurício de Sousa na infância.
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A Turma da Mônica cresceu exponencialmente ao longo dos anos e com o passar das gerações, ganhando diversas adaptações para as telas e atraindo cada vez mais pequenos leitores apaixonados pelas histórias.
"Ela é agenciada da agência Désir, que fica em Niterói, desde bem pequena. Já fez algumas publicidade, mas essa é a primeira atuação dela, em Mauricio de Sousa - O Filme. A agência pediu que enviássemos fotos e vídeos dela se apresentando, e na época ela ainda tinha 2 anos, só sabíamos mesmo que seria para o filme biográfico, mas ainda não sabíamos para qual personagem era o teste. Depois de um tempo, recebi a ligação de que ela havia sido aprovada para ser a Magali, e foi incrível, ela ficou muito feliz", contou Juliana Barbio, mãe da pequena atriz, moradora do bairro Brasilândia.
Ainda segundo a mãe, as gravações foram iniciada quando Esther tinha 3 anos, mas o filme só estreou em outubro deste ano, como comemoração aos 90 anos do quadrinista.
"Foi muito emocionante para nós pais e familiares ver ela atuando num filme que conta a história de vida e obra de uma personalidade tão importante para a cultura do Brasil. Vê-la nas telonas como a Magali foi especial, porque ela tem uma energia e a alegria muito parecida com a de sua personagem, mesmo não gostando tanto assim de Melancia. Ela amou vivenciar esse mundo da arte e não vê a hora de gravar novamente", completou Juliana.

Outro ator mirim que conquistou seu lugar no filme é o gonçalense Diego Laumar, de 11 anos, natural do bairro Engenho Pequeno, que, além da biografia, já interpretou diversos papeis em obras brasileiras, tendo vasta experiência na área mesmo que ainda tão jovem.
"Diego começou a trajetória dele com 3 anos na Agência Désir de Niterói, o primeiro teste que ele fez foi para uma série na Globo, que iria chamar 'O Selvagem da Ópera'. Ele passou no teste e foi contratado, mas a série não foi para frente devido à pandemia. Já em 2021, ele gravou a série 'Sob Pressão' para o GloboPlay, onde deu a vida ao personagem Deco", explicou Luciana Laudano, mãe do ator.

Posteriormente, em 2022, Diego foi selecionado para o teste de 'Maurício de Sousa - O Filme', para interpretar o próprio Maurício na infância.
"Foram várias seleções até o teste final, onde ele passou e realizou esse sonho de protagonizar o Mauricinho. Em 2023, gravou 'Cosme e Damião Quase Santos', uma série com Rafael Portugal e Cézar Maracujá, onde deu a vida ao personagem Marquinho. Ainda em 2023, no final do ano, ele entrou para os testes de 'A Caverna Encantada', no SBT onde interpretou Moisés. E após a novela gravou a 'Live Action' da Viih Tube, que está com estreia prevista para primeiro semestre de 2026", contou Luciana, que hoje mora com o filho e a família em Cajamar, São Paulo.
Pai da Turma da Mônica
A trajetória de Maurício de Sousa teve grande influência de sua família. Embora seu pai fosse barbeiro, era poeta e pintor por vocação. Já sua mãe, poetisa. Dessa forma, o menino nascido no município paulista de Santa Isabel cresceu em um ambiente cheio de arte, livros e cultura.
Assim, o renomado quadrinista criou mais de 400 personagens que ajudam a representar a literatura infantojuvenil brasileira, e que também contam sua própria história através da Turma da Mônica.
Neste ano, em que completou seus 90 anos, o "menino que nunca parou de desenhar" recebeu não só um filme, mas uma vasta e justa homenagem pelo seu legado e contribuição ao imaginário cultural brasileiro.






