OSG na Flip: Com presença de coletivo gonçalense, Casa da Leitura celebra publicações alternativas
Para celebrar título de Capital Mundial do Livro, Estado do Rio promove debates sobre redes literárias alternativas em em Paraty

O circuito alternativo de coletivos e publicações foi o tema dos debates e conversas da Casa da Leitura e do Conhecimento na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) neste sábado (02). O espaço realizou uma roda de conversa sobre a ação de coletivos e revistas que atuam de forma independente promovendo literatura em contextos regionais no Estado do Rio.
A mesa contou com uma representante da literatura de São Gonçalo, a autora gonçalense Yonara Costa, do coletivo Escritoras Vivas e da editora independente Mapa das Letras, participou da conversa, que também contou com a presença de Fernanda Baroni, da editora Letra Miúda, e Diogo Cesar Nunes, da editora Círculo de Giz.
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Para a escritora de São Gonçalo, levar o trabalho literário para esse tipo de debate é crucial para abrir novos espaços para os autores independentes. “É muito importante quando a gente consegue atingir e ocupar novos espaços. A gente é um movimento literário de São Gonçalo, temos muitas mulheres espalhadas aqui nessa festa internacional, então é muito orgulho trazer a periferia para ocupar todos os espaços”, enfatiza Yonara.

A mediadora da mesa, Cibele Bustamante, destaca que essa luta por espaço fica mais fácil quando outros representantes desse circuito alternativo se unem para uma integração do cenário. “A coisa mais importante é conseguir juntar todos esses coletivos, seja de onde for, no mesmo lugar para poder trocar ideias, aprender e aumentar a visibilidade de cada um deles”, afirma Cibele, diretora do Núcleo de Estratégias e Políticas Editoriais (Nespe).
A conversa aconteceu na Casa da Leitura e do Conhecimento, que fica no Memorial do Paço, no Centro Histórico de Paraty, e foi organizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec-RJ) em parceria com a Sebrae. O superintendente de Leitura e Conhecimento da Secec-RJ, Gabriel Salabert, destaca que ações como as realizadas durante a Flip fazem parte de uma série de ações para promover a produção literária no Rio.

“A gente está num ano que é muito significativo por causa do ‘Rio Capital Mundial do Livro’, titularidade dada pela Unesco para a cidade do Rio de Janeiro. A gente enquanto Governo do Estado tem a responsabilidade de levar isso para todos os 92 municípios. Essa titularidade não deve vir só como uma premiação. Sim, é uma celebração, mas o que fica depois? Esse ano é um ano em que a gente, de fato, precisa plantar e semear”, destaca Gabriel.
Uma das estratégias para isso é a parceria com o Sebrae através do projeto Mercado Editorial e Literatura Criativa, que atende dezenas de microempresas do mercado editorial fluminenses com ações de capacitação para melhoria da gestão, como explica Natália Azevedo, também gestora do projeto.

“O objetivo é fortalecer essa rede de contatos e também divulgar o trabalho de pequenas editoras, valorizando essa ação e essa atuação dos pequenos em uma festa literária que dá espaço a grandes nomes. É muito importante ter um lugar que acolhe e recepciona os pequenos editores e essa cultura de quem está fazendo as coisas de uma forma mais independente”, completa Natália.