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Gonçalense com orgulho, cantora Liza Lou fala sobre novo EP e exalta influência da música brasileira em sua carreira

Estrela em ascensão na MPB é nossa convidada na série OSG Encontros; em agosto, artista lança novo projeto com estética intimista

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 18 de julho de 2025 - 20:18
Nesta quinta (17), Liza lançou seu mais novo single: “Meu Dengo”
Nesta quinta (17), Liza lançou seu mais novo single: “Meu Dengo” -

Uma das estrelas em ascensão na cena do MPB e do pop nacional é nossa convidada da semana na série OSG Encontros. A cantora e compositora Liza Lou, natural de São Gonçalo, visitou nossa redação para conversar sobre sua carreira, sua paixão pela arte e sobre seus novos projetos - incluindo o single “Meu Dengo”, que chegou às plataformas de música nesta semana.

Com mais de 240 mil seguidores no Instagram, Liza é formada em artes cênicas e canta desde a infância. No ano passado, ela lançou seu primeiro álbum, “Sal”, com canções autorais que passeiam do funk pop à bossa nova. Vivendo uma nova fase da carreira, ela lançou dois singles recentemente em preparação para seu mais novo EP, que chega às plataformas de música em agosto com canções em estilo voz e violão.

Confira nossa entrevista completa com a artista:



OSG: Liza, muito obrigado por topar conversar com a gente.

Liza: Que isso, eu que agradeço a honra. É uma honra estar aqui falando para o meu pessoal, né? Tamo em casa.


Confira a matéria completa: 

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OSG: Antes de falar sobre o seu início na música, eu queria falar sobre uma experiência muito legal que você teve a oportunidade de ter no ano passado: um show no Rock In Rio, junto com a galera da Billboard Brasil e da Coca-Cola. Qual é a sensação de tocar num festival que é gigante não só para a gente aqui no Brasil, mas para o mundo inteiro?

Liza: Pra complementar, esse ainda foi meu primeiro show autoral. Eu já tinha feito muitas participações, já cantei em bares, mas eu nunca tinha feito um show só com o meu repertório. O primeiro foi nesses 40 anos de Rock in Rio. Foi no dia “do Brasil” [do festival], ou seja, um dia de celebração da música brasileira - o que se encaixou perfeitamente, porque eu falo, canto e defendo essa bandeira da música brasileira.

Ano passado também foi ano do lançamento do meu primeiro álbum, então isso surgiu como uma consequência desse trabalho que a gente lançou. Para mim, foi algo muito surpreendente. Eu fiquei “panicada” quando recebi a notícia, mas foi num lugar de muita animação e expectativa. Graças a Deus, ao longo do caminho, muitos profissionais que eu sempre admirei entraram para somar nesse show - como, por exemplo, o Evandro Fióti e a equipe toda dele.

"São Gonçalo é um território que me atravessa em absolutamente tudo: em quem eu sou, na minha parte artística, pessoal", conta
"São Gonçalo é um território que me atravessa em absolutamente tudo: em quem eu sou, na minha parte artística, pessoal", conta |  Foto: Enzo Britto

Então, eu me senti muito segura com as pessoas que estavam fazendo parte desse momento. Senti: “Nossa, é isso, acho que estamos indo para o lugar certo, estamos caminhando, está dando certo”. É muito difícil essa trajetória de ser uma cantora, uma mulher negra vinda de São Gonçalo.

É complicado, mas ver que as coisas estão, aos poucos, acontecendo me deixou muito feliz, muito aliviada. A minha carreira “digital” começou em 2019, mas, antes disso, com 11 anos eu já gravava jingle, eu já cantava, eu escrevia. Então, olhando por essa perspectiva digital, de lançamento de single e tal, realmente é algo muito novo. Mas, se você for olhar antes, eu tô desde os 11 anos aí botando minha cara à tapa, sabe?

OSG: Entendi! Você lembra, ao longo dessa trajetória, qual foi o momento em que você percebeu que era isso que você queria seguir para a vida?

Liza: Cara, eu acho que não teve um momento certo. Isso vem muito desde muito pequena. Eu me lembro de, ainda muito pequenininha, minha tia estar cozinhando na cozinha; ela cantava uma música e falava: “Liza, repete”. E aí eu repetia e cantava junto com ela, sabe? Lembro de cantar os temas de novelas da Globo, por exemplo.

Então, eu sempre tive muito essa conexão com a música. Eu sempre cantei, sempre fui uma criança muito levada, artística, criativa, sabe? Desde pequena, quando me perguntavam: “Liza, o que você quer ser?”. Eu falava: “Cantora e atriz”. A família ria, achava que era um sonho de menina. “Vai crescer e vai entender que não rola”.

E eu fui crescendo e cada vez mais reafirmando isso: eu quero ser cantora, eu vou ser atriz. Enfim, acabei indo mais para esse lugar da música. A música me chamou mais. Mas não teve uma idade certa, não; desde que eu me conheço por gente, eu sempre tive isso.

OSG: Que legal. Então você tem muito esse interesse pela arte no geral, né?

Liza: É, eu gosto de todas. Eu acredito muito que uma arte complementa a outra. Meu pensamento sempre foi: eu quero ser cantora. Mas, se eu puder fazer algum curso de teatro, algum curso de dança que puder agregar nisso, por que não?

OSG: E acho que trazendo isso para o nosso contexto local tem desafios, né? São Gonçalo é uma cidade que, apesar de ser berço de talentos como a gente costuma colocar, é uma cidade que tem uma carência de valorização da arte em algum sentido. Nos seus primeiros anos na arte, quais foram os principais desafios, enquanto artista e moradora de uma região periférica como a nossa?

Liza: É muito doido porque as referências culturais estão por toda parte em São Gonçalo. Elas só são invisibilizadas. Eu não sou cria da comunidade, mas sou cria de São Gonçalo - e, quem é de lá, sabe que, às vezes, os sonhos parecem ser muito distantes.

"O EP nasce disso; ele é grande porque é simples. A grandeza tá na mensagem", explica Liza
"O EP nasce disso; ele é grande porque é simples. A grandeza tá na mensagem", explica Liza |  Foto: Enzo Britto

No momento que eu decidi fazer música, eu fui para a faculdade. Passei para a licenciatura em música na Unirio - passei em primeiro lugar, estudei igual uma condenada, mas passei. E aí fiz um ano de faculdade, mas falei: “não é isso”. Eu não queria dar aula, não queria estudar essa parte de licenciatura. Queria estudar a música em si.

Aí eu tranquei [o curso] e aí o próximo passo foi ir para São Paulo. Botei na minha cabeça que ia visitar um primo - que também é de São Gonçalo, mas estava morando em São Paulo - e fiquei lá por um ano, aprendendo, estudando. Foi lá que lancei meu primeiro single. 

Graças a Deus, desde o momento em que comecei a estuda música, eu tive muita oportunidade de sair de São Gonçalo porque, realmente, não tinham muitas aulas de canto aqui, não tinham muitos cursos de música. Não tinham. A gente foi ter um teatro municipal quase agora, sabe? É tudo muito recente. A primeira escola de teatro musical em São Gonçalo está sendo fundada agora.

Então, eu sentia que, para esse sonho acontecer, eu tinha que sair um pouco de casa -  não por não ter nada aqui que me agregue. Pelo contrário; tem muita coisa que me agrega. São Gonçalo é um território que me atravessa em absolutamente tudo: em quem eu sou, na minha parte artística, pessoal.

Todas as vivências que canto são vivências que vivi em São Gonçalo. Faz parte da minha formação. Mas, quando comecei a dar meus primeiros passos, os primeiros saraus que fui, foram em Niterói, foram em São Paulo. 

Então, eu comecei a olhar para for, mas sempre tentando carregar também e trazer minhas vivências e o lugar de onde sou para fora, para que as pessoas olhem cada vez mais.

Espero que isso, em algum momento para a cidade seja um lugar de "po, vamos investir aqui, porque a gente é um berço cultural". Respondi sua pergunta?

OSG: Respondeu! E acho que isso tá muito presente na sua música e no disco que você lançou no ano passado, o "Sal". Uma coisa que achei interessante nele é que é um trabalho de MPB e Pop, mas com influências muito fortes em algumas músicas de coisas como o funk ou a bossa. Ele passeia muito por entre gêneros populares do Brasil. Queria saber como você chegou a essa miscelânea de estilos musicais

Liza: Então, como tudo na minha vida, foi muito intuitivo. Eu não sei porque eu faço uma coisa, eu só faço. E depois eu falo: “nossa, fez sentido ter vindo na minha cabeça [a ideia] de fazer tal coisa e que bom que eu fiz”.

A ideia de fazer um álbum surgiu daí. Pensei: “eu quero fazer um álbum”. Pra quê, Liza? Eu não sei. Eu estava num momento de lançar muitos singles, que variavam entre o R&B, a MPB, o Pop. Chegou um momento em que eu falei: “eu quero algum trabalho que me represente artisticamente e que possa englobar tudo, todas as minhas referências”.

E aí eu comecei a criar um álbum, com músicas que eu já tinha. Montei esse álbum, olhei para ele e falei: “isso daqui não tem nada com nada, não tá falando nada”. E aí, durante um ano de criação, eu falei: “tá, agora eu entendo o que é criar um álbum”. Deixei esse álbum de lado e comecei a criar um outro projeto.

OSG: Então você chegou a ter um álbum que ninguém nunca escutou.

Liza: É! Eu só peguei músicas que eu já tinha e botei nele, sabe? Não tinha um contexto assim. Depois disso, eu falei: “deixa eu criar um álbum agora de verdade”. E aí foi que eu comecei a estudar, principalmente, sobre música brasileira. Comecei a estudar as referências musicais que eu queria trazer no álbum, sobre essa “persona” Liza Lou. Até então, eu já sabia quem eu era, o que eu queria ser e passar, mas eu ainda não tinha me estudado também.

O [álbum] Sal veio com essa temática de música brasileira, de explorar o Brasil como um todo. E por isso que tem tantas referências de gêneros musicais que não necessariamente são aqui do Sudeste. Tem Nordeste, por exemplo… Eu peguei um pouquinho de tudo que eu gostava de cantar, de tudo que eu consumia e juntei no álbum.

Esse é um álbum que eu considero extremamente pop. Eu acho que eu tenho uma referência de MPB um pouco mais antiga. Eu acho que a única música desse álbum que compatibiliza com a Liza que eu sou é a “Nós Três”, que é uma bossa.

Eu acho que, nesse álbum, eu olhei muito também para quem eu sou e quero fazer, mas para o que o mercado espera também. E olhar para o que o mercado espera, inclusive, é uma cilada. A gente às vezes acha que o mercado faz a gente, quando na verdade é a gente que faz o mercado.

OSG: Entendi. Você falou aí das suas influências com a música brasileira mais antiga. E, nas suas redes sociais, você postou uma série de vídeos fazendo referências a grandes cantoras e compositoras do Brasil, passando desde Clementina de Jesus até artistas mais recentes, como Ludmilla. Nesses vídeos, na legenda, você resgata um pouquinho da memória dessas artistas. Queria que você falasse um pouquinho sobre como é dar continuidade a esse legado de cantoras pretas, algumas que demoraram anos pra poder serem escutadas?

Liza: É uma responsabilidade, né? Quando eu canto, eu não tô cantando só por mim. Eu tô cantando pelas que passaram, pelas mulheres que se identificam comigo também, pelas mulheres no geral.

Quando eu comecei a fazer esses vídeos, foi um momento muito importante de busca, de resgate, principalmente de aprendizado e identificação. Vi as histórias que elas cantavam, as dores, as alegrias; são histórias e vivências que acontecem até os dias de hoje. São músicas atemporais. É muito doido porque, quando eu comecei a estudar, vi que muitas dessas artistas só foram ser reconhecidas com 60 anos, com 70 anos.

A gente tem hoje, por exemplo, a Alaíde Costa, que está sendo reconhecida agora como uma das maiores vozes da Bossa Nova. E ela está “no corre” há muito tempo.

OSG: Teve um caso parecido com a Evinha agora, recentemente, né?

Liza: Exato! Então, eu me sinto extremamente privilegiada por elas terem vindo antes e aberto um caminho não só para mim, mas para tantas outras artistas, sabe? Ficou mais fácil porque elas vieram antes. E eu espero que fique mais fácil para quem vem depois - por não só elas, mas eu também ter passado e aberto caminhos.

"A gente às vezes acha que o mercado faz a gente, quando na verdade é a gente que faz o mercado", destaca cantora
"A gente às vezes acha que o mercado faz a gente, quando na verdade é a gente que faz o mercado", destaca cantora |  Foto: Enzo Britto

OSG: Falando em pouco de redes sociais, além desses vídeos que você citou, você tem um todo um trabalho por lá. Como eu falei no começo, você tem milhares de seguidores e costuma postar nas redes um pouquinho da sua rotina. Hoje em dia, o artista de qualquer estilo musical tem que passar um pouco o trabalho pelas redes sociais também. Como é que é para você conciliar esses dois universos: o lado artístico da coisa com esse lado de manter um contato com os seguidores ali na rede?

Liza: Eu não vou mentir: é uma luta. É uma luta porque, dos meus grupinhos de amigas, eu sempre fui a última a ter rede social. O [perfil no] Instagram, por exemplo, eu criei em 2019 pra falar do meu lançamento, já junto com a carreira. Eu nunca fui muito antenada com isso, sabe?

Já foi mais difícil, mas hoje eu consigo me dar muito bem com essas plataformas, porque eu vejo que existem pessoas de fato do lado da tela, que estão se conectando comigo. E isso certamente facilitou e facilita muito esse meu contato. Eu ainda tenho muita dúvida em algumas tecnologias que vão chegando e alguns formatos de conteúdo para cada rede.

Mas o que me dá felicidade, ânimo e tesão de fazer é porque eu vejo que conecta com pessoas. Graças a Deus, a gente tem essa possibilidade de, estando aqui no Rio de Janeiro cantando, ter uma galera de fora do Brasil até se conectando com a minha música, com a minha voz - enfim, com o que eu acredito.

Então, é isso; a gente vai conciliando. É uma balança, sabe? Acho que você tem que saber equilibrar um pouquinho e não ficar 100% presente no digital. Se eu ficar 100% presente no digital, qual momento eu vou tirar para compor, para ter meus momentos de tocar e fazer as coisas que me inspiram para estar fortalecida nesse lugar?

Eu acho que é uma balança e eu estou aprendendo ainda. Se eu falar que já aprendi, eu estou mentindo. Eu estou aprendendo ainda a lidar com tantas redes.

OSG: Entendi. Bem, não tem como deixar de falar também sobre seus lançamentos, né? Você tá com singles novos aí saindo. Acredito que, no momento em que essa entrevista está no ar, você já lançou um single novo, o “Meu Dengo”. Teve o cover de “Psiu”. Eu queria que você falasse um pouco sobre esses trabalhos e, se puder, adiantar para a gente sobre os futuros lançamentos. Tá pensando aí já em novo álbum? Como é que estão os processos criativos aí?

Liza: Olha, [a pergunta] do álbum eu vou pular, porque é uma coisa que está ainda na minha cabeça. Se eu falar que eu não estou pensando no próximo álbum, eu estou mentindo, porque eu estou pensando. Só que eu ainda não tenho data, não tenho nada. Então, vai ser um spoiler que vai ficar para a próxima.

Mas, em agosto, eu lanço um EP. Esse EP nasceu muito dessa ideia dos vídeos que começaram a viralizar. Antes do projeto em homenagem às vozes pretas da música brasileira, eu comecei a lançar, despretensiosamente, uns vídeos cantando músicas de artistas que são referências para mim.

E esses vídeos começaram a viralizar. O vídeo com a música “Psiu”, da Lineker, foi a primeira releitura a viralizar. E eu vi que a galera ia se conectando com esse estilo, com uma voz e um instrumento - num momento em que eu estava fazendo um álbum cheio de produção, grandão.

Aí eu falei: “cara, eu acho que eu tenho que voltar para esse lugar mais simples”. Um lugar de passar mensagens. Aí o EP nasce disso; ele é grande porque é simples. A grandeza tá na mensagem. É um EP de voz e violão, com uma mensagem de coisas que eu vivi.

[O EP] vai vir com a estética desses covers que começaram a viralizar, dos vídeos com o Cristo no fundo. É muito doido porque eu fui para Salvador ano passado, peguei um Uber e o motorista me perguntou; "tu que é a 'menina do Cristo'?". Aí que vi que a galera estava me reconhecendo por esses vídeos e eu pensei: "preciso fazer um EP com essa 'menina do Cristo'".

Esse EP nasce desse desejo de só cantar, só me preocupar coma  mensagem. É um momento em que estou me despindo muito desse lugar mais pop que eu busquei no "Sal" e estou bebendo muito da fonte da MPB, do soul, do samba, da bossa... São minhas referências mais genuínas.

Ele saí em agosto;. A primeira faixa que eu lancei foi uma releitura de “Psiu” e a próxima a sair é a música “Meu Dengo”. E, cara, eu estou muito feliz, muito animada, muito em paz com esse momento. Estou me sentindo muito tranquila, tem muito de mim ali.

OSG: Que bacana! “Meu Dengo” é uma faixa autoral?

Liza: É autoral.

OSG: Pode falar um pouquinho sobre essa música? É uma composição que você já tinha há muito tempo ou foi alguma coisa que surgiu mais recentemente?

Liza: Surgiu recentemente. A história de “Meu Dengo” é muito louca. Eu tenho uma avó que, por um momento da vida, passou por umas complicações cardíacas. Ela ficou mal, foi para o hospital e tudo mais. Depois ela saiu do hospital, graças a Deus.

Uma vez, eu fui à casa dela. Ela tinha recém saído do hospital. E aí eu cheguei na casa dela, estava conversando com ela e, de 5 em 5 minutos, ela falava: “minha neta, eu te amo”. Eu falei: “vó, o que é isso? Por que você tá falando tanto que me ama? Vai acontecer alguma coisa?”. E aí ela chegou para mim, olhou no fundo dos meus olhos e falou: “minha filha, a gente tem que falar que ama enquanto tem tempo”.

Aquilo ali me pegou, sabe? Eu anotei essa frase sobre falar que ama enquanto tem tempo. Com o histórico ali - ela tinha acabado de sair do hospital com problema de coração - aquilo me pegou de um jeito. Meu Deus, o que eu tô fazendo? Será que as pessoas que eu amo sabem disso? Será que eu passo tempo de qualidade? Será que eu verbalizo isso?

Um dia, eu estava em São Paulo com uns amigos, contei essa história e eles falaram: “cara, vamos escrever uma música sobre isso”. E a música saiu em menos de dez minutos. Essa música é “Meu Dengo”. Foi uma música que eu fiz, mandei para minha vó, ela ouviu e ficou toda emocionada. É uma música muito especial, porque serve para deixar claro não só para ela, mas para minha mãe, para minha irmã, o meu amor.

OSG: Que história linda a da música. Queria terminar pedindo para você falar com o leitor onde ele pode te encontrar e conhecer um pouquinho mais do seu trabalho.

Liza: Gente, é uma satisfação imensa estar aqui falando para vocês. Eu sou Liza Lou. Vocês podem me achar em todas as redes sociais no @eulizalou. No YouTube e no Spotify é só procurar Liza Lou. E esse ano, se Deus quiser, nos veremos nos shows. Nesse segundo semestre, a gente vai se encontrar fisicamente, graças a Deus. Eu espero que vocês gostem e consigam acompanhar tudo que tá pra vir.

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