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Exposição em Niterói homenageia Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

A exposição “Presença D’Elas: a Potência da Mulher Preta” homenageia vinte e três mulheres niteroienses de diferentes gerações

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de julho de 2023 - 16:23
Exposição em Niterói homenageia Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Exposição em Niterói homenageia Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha -

Nesta terça-feira (25) é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e para comemorar a data, a Prefeitura de Niterói, por meio da Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres, Codim, realizou o lançamento da exposição “Presença D’Elas: a Potência da Mulher Preta”, que homenageia mulheres niteroienses de diferentes gerações.

Desde 2018, o município instituiu, por meio da lei 3380, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha no calendário oficial da cidade. O lançamento da exposição aconteceu às 10h, na Biblioteca Parque de Niterói, na Praça da República, no centro da cidade. Durante o evento, houve um bate papo com Vilma Piedade, autora do livro “Conceito Dororidade” e Tainara Ferreira, consultora de Relações Étnico-Raciais.

“Fizemos questão que toda a produção dessa exposição fosse realizada por mulheres negras. É importante dar visibilidade ao tema, por isso, a escolha de ser ao ar livre, em uma das principais avenidas de Niterói. A exposição, construída em diálogo com o Fórum de Mulheres Negras, também tem o papel de dialogar com as pessoas que transitam pelo local, e, principalmente, ser inspiração para as meninas negras, para que elas enxerguem a sua beleza e potência”, afirma Fernanda Sixel, coordenadora da Codim.


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No Brasil, a data também é celebrada pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola que resistiu à escravidão durante duas décadas no século 18, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança.

Vinte e três mulheres foram fotografadas para a exposição. Todas, moradoras de Niterói. Em comum, histórias de luta e superação. Como a de Luiza Briola, de 46 anos e mãe solo de duas meninas. Luiza trabalha como mediadora cívica e resumiu a participação na exposição em uma palavra: “Resistência! Somos a parcela mais vulnerabilizada, as maiores vítimas de feminicídio, com a menor renda, trabalho precário, entre outras situações degradantes. Para mim, foi um bálsamo participar da exposição”, frisou Luiza.

Sentimento compartilhado pela gari Cleide Vitório, de 47 anos. “Me sinto muito honrada em participar dessa exposição. Sabemos que nem sempre é fácil, passamos por vários momentos de preconceito. Fazer parte desse projeto é dar voz a quem não tem voz. É dar espaço a quem não tem espaço”, destacou Cleide.

As fotos ficarão expostas na galeria ao ar livre expostas, na Avenida Amaral Peixoto, em painéis nas colunas da marquise do quarteirão que começa na esquina da Rua Visconde de Sepetiba, em frente ao prédio número 507, no centro da cidade, onde estava a exposição de personagens da escola de samba Unidos do Viradouro.

As fotos ficarão expostas na galeria ao ar livre expostas, na Avenida Amaral Peixoto, em painéis nas colunas da marquise do quarteirão
As fotos ficarão expostas na galeria ao ar livre expostas, na Avenida Amaral Peixoto, em painéis nas colunas da marquise do quarteirão |  Foto: Layla Mussi

As imagens foram feitas pela fotógrafa Lilo. “É uma felicidade imensa fazer parte desse projeto. Estamos fotografando mulheres reais, maravilhosas e com muitas histórias para contar. Nós passamos por vários apagamentos ao longo da História e está mais do que na hora de mudar isso. Somos potências e fazemos com excelência”, concluiu Lilo.

As 23 mulheres fotografadas para a exposição “Presença D’Elas: a Mulher Preta no Cotidiano”:

Cleide Vitório – gari

Rayssa Lima – estudante

Ana Cristina Duarte – supervisora

Joselene Souto – escritora

Bárbara Cristina Cardoso – assessora

Sônia Maria da Silva – camareira do Theatro Municipal

Ana Luiza Briola – mediadora cívica

Ingrid Ramos – autônoma

Marcela Rodrigues – catadora de potências e voluntária

Aline Santos – publicitária

Jaqueline de Oliveira – microempresária

Claudia Regina Victor – copeira

Elenice Ramos – missionária e líder comunitária

Lia Vieira – escritora

Laila dos Santos – jornalista e escritora

Luciana Carneiro – fotógrafa

Claudia Macedo – atriz e produtora cultural

Juliana do Carmo Pereira – assistente social

Maria Emília Souza – cabeleireira

Letícia Marinho – empresária

Daniele Simões – estudante de administração

Claudia de Almeida – advogada

Norma Sueli Pacheco – ialorixá

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