Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,4349 | Euro R$ 6,0643
Search

Exclusivo: Investigações apontam que morte de 'Rodrigo Negão' foi crime planejado (vídeo)

Vídeos mostram que ele foi alvejado por disparos de ponto vizinho onde morava e agiu quando vítima ficou exposta na area externa. DH e Ministério Público abrem investigação conjunta

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de setembro de 2024 - 11:12
Rodrigo foi atingido no braço esquerdo e no abdomen
Rodrigo foi atingido no braço esquerdo e no abdomen -

As primeiras informações nas investigações sobre a execução, a tiros, de Rodrigo José da Silva, o Rodrigo Negão, na região conhecida como 'Cantinho', no Saco das Flores, região Central de Maricá, na noite da última sexta-feira (27) evidenciam que o crime tenha sido minuciosamente planejado. Tudo indica que autores do atentado estudaram detalhes da rotina da vítima e também da região onde ele morava. Vídeos mostram que Rodrigo foi alvejado por rajadas que vieram da varanda ou telhado de uma casa vizinha onde ele morava, na Rua Eliete Rocha dos Santos,

Rajadas - Há fortes indícios que mais de uma pessoa participou do plano e que já estivessem em vigília para atirar, tendo inclusive escolhido o momento de fazer os disparos, em rajadas,  quando ele se posicionava em um ponto da fachada de sua luxuosa casa, próximo da piscina e distante do lugar onde crianças brincavam.

"Quem agiu sabia dos seus habítos e o vigiou como se fosse um alvo, pronto para ser atingido de um ponto seguro, onde os autores ficassem ocultos e a ação tivesse êxito", afirmou uma fonte da área de inteligência de Segurança Pública do Rio.


Leia também:

Polícia Civil captura quadrilha do golpe do consignado

Homem acusado de matar jornalistas em Maricá é executado com tiros de fuzil


Câmeras - Projeteis recolhidos na residência indicam que os tiros possam ter partido de fuzil. Os disparos feitos na direção de Rodrigo foram tantos que chegaram a perfurar a divisória da parede próxima ao ponto em que ele estava. Imagens de câmeras na região começaram a ser analisadas e uma delas mostra o momento exato em que ele recebe os disparos no braço esquerdo, no abdomen, e cai, até ser socorrido por familiares e levado ao Hospital Conde Modesto Leal, no Centro de Maricá, onde acabou morrendo, após passar por uma cirurgia.

Investigações - A Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) mantém uma linha de investigações cojuntas nas investigações sobre o caso, inclusive checando a situação do acusado junto à Justiça para saber em que condições ele ganhou a liberdade condicional, após menos de um ano preso.

Os levantamentos feitos até agora sobre o caso mostram que Rodrigo continuou a ter ligações com setores organizados de comunidades, de segurança clandestina e até outros ligados a política em  Marica. E há fortes evidencias que isso provavelmente possa ter motivado a sua morte, principalmente em função da proximidade das eleições municipais que acontecerão em todo o país no próximo domingo (6). 

Os responsáveis pelas investigações já sabem que Rodrigo Negão usava de sua influência para apoiar candidaturas e tentar, assim conseguir vantagens, principalmente por motivações financeiras. A pessoas próximas,  ele manifestava o desejo de tentar se projetar após ter sido preso por causa das  amplas investigações da DHNISG e do Ministério Público que apontaram suas ligações com  crimes de repercussão ocorridos na cidade em 2019 e como uma das lideranças de milícianos que agiam em Maricá.  

Em sua ficha criminal, Rodrigo foi acusado de envolvimento nos assassinatos dos jornalistas Robson Giorno, Romário Barros, além do vereador Ismael Breve e de seu filho, Thiago Marins,  Rodrigo foi preso no dia 24 de agosto de 2023, mas estava em liberdade condicional, respondendo aos processos em liberdade, após ficar apenas dez meses atrás das grades, até maio desse ano.  

As antigas investigações DHNISG e do Ministério Público apontaram que Rodrigo fazia parte de um grupo acusado de atuar em execuções ao lado do subtenente reformado da PM, Davi de Souza Esteves, conhecido como subtenente Davi, e de Vanessa da Matta Andrade, conhecida como Vanessa Alicate, de quem era amigo de infância.  

* Em atualização  

Matérias Relacionadas