Câmara de São Gonçalo debate intolerância religiosa
A sessão aconteceu ontem à tarde
Intolerância religiosa foi o tema da terceira audiência pública da Comissão de Raça, Cor, Etnia e Religião da Câmara de Vereadores de São Gonçalo. Presidida por Lucas Muniz (PMN), a sessão aconteceu, ontem à tarde, no plenário da Casa e contou com representantes de diferentes credos. Entre os tópicos levantados, os participantes discutiram o caso da estudante candomblecista, de 15 anos, que sofreu ofensas em uma escola estadual na Brasilândia, em São Gonçalo.
Na mesa principal da audiência, estavam: o pastor evangélico, André Ferrugem; a yalorixá e membro da Comabi, Mãe Vânia; o babalorixá e professor Josimar; representante da Codir, Gilmar Hugnes; o padre da Igreja Matriz de São Gonçalo, André Luís; e o coordenador da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Pedro Rebelo. A explicação do tema foi comandada pelo membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marcelo Vieira.
Para o presidente da sessão, o vereador Lucas Muniz, o encontro foi proveitoso para entender a realidade das religiões e debater quais medidas podem ser aplicadas no município para coibir a prática da intolerância. De acordo com o parlamentar, acima da crença, deve haver o respeito entre as comunidades.
“Se é intolerância racial ou religiosa, precisamos respeitar o outro. O caso mais recente, em uma escola na Brasilândia, local onde nasci e fui criado, foi um exemplo. Estive lá pessoalmente para conversar com a direção e acho importante o debate. Na audiência, são levantadas discussões que necessitam serem levadas para frente, com criação de leis e indicações legislativas”, explicou.
Alunos da escola, palco das ofensas contra a adolescente, estiveram presentes na audiência. Segundo o estudante do 2º ano do ensino médio, Alexsandro Menezes, de 17 anos, a troca de informações sobre as diversas religiões é fundamental para exercer o respeito e a tolerância entre as crenças. “Fico muito feliz de participar de uma audiência como essa, mas também muito triste. Triste por saber que, em 2017, a gente precise discutir um assunto, que não deveria mais existir. A intolerância é mais uma prova de que o ser humano precisa evoluir muito ainda”, declarou.
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