Idosa sofre em busca de atendimento em hospitais

Correndo o risco de perder o dedo do pé, Francisca Ribeiro dos Santos, de 62 anos, moradora do Almerinda, em São Gonçalo, peregrina, há quase três meses, por hospitais da cidade em busca de um especialista vascular. Mesmo após pedir auxílio à Secretaria Municipal de Saúde, a idosa não conseguiu ser atendida. E, por conta disto, ela já tem dificuldades para andar e perdeu o emprego de diarista.

Francisca contou que seus problemas começaram após surgir um calo. Ela tentou removê-lo, mas as dores no local ficaram intensas. Ela buscou o posto de saúde do seu bairro, que a encaminhou ao Pronto Socorro Central, no Zé Garoto. Lá, ela foi encaminhada para a Unidade Municipal de Pronto Atendimento (Umpa) de Nova Cidade que, por sua vez, a mandou para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, Niterói. Do Heal, ela foi para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Fonseca, que indicou um especialista no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio, que após medicá-la disse que ela deveria buscar o especialista junto a secretaria de saúde da sua cidade.

Passado quase um mês do contato com a secretaria, Francisca não recebeu nenhum contato e seu dedo está gangrenando. “Fui a vários médicos, que passam antibióticos e remédios para dor. Todos falam que preciso ser avaliada pelo cirurgião vascular. Sempre fui muito ativa, mas por conta das dores, estou com dificuldades de andar. Perdi meu emprego e, infelizmente, não tenho como pagar por uma consulta. Não aguento mais passar por isso. Só quero ser atendida e operada, se for o caso”, lamentou.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que existe um processo de regulação dos exames e guias de encaminhamento, que devem ser autorizados no Complexo Regulador. O pedido foi autorizado na terça-feira (22), ela já passou por consulta e a cirurgia será marcada.

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