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Brasileiro relata momentos de pânico durante ataque a tiros em praia na Austrália

Testemunha descreve correria, pessoas feridas e clima de terror após atentado que deixou mortos e feridos em Sydney

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de dezembro de 2025 - 16:41
Na tentativa de escapar, Daniel e a amiga buscaram abrigo em um ônibus
Na tentativa de escapar, Daniel e a amiga buscaram abrigo em um ônibus -

Um brasileiro que estava na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, no momento do ataque a tiros ocorrido neste domingo (14), descreveu cenas de desespero, correria e pessoas gravemente feridas. A ação deixou 11 mortos e 11 feridos, entre eles dois policiais. Um dos suspeitos morreu e outro foi detido em estado crítico, segundo autoridades locais.


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O estudante de gastronomia Daniel Silva Gonçalves, natural de Valença, no interior do Rio de Janeiro, contou que estava acompanhado de uma amiga brasileira quando ouviu os primeiros disparos. Morando na Austrália há cerca de um ano e meio e em Sydney há duas semanas, ele relatou que, inicialmente, muitas pessoas confundiram os tiros com fogos de artifício.

"Eu escutei dois barulhos de tiro e o pessoal continuou normal, porque pensaram que eram fogos. Mas eu falei para a minha amiga: 'Isso é tiro'", relatou.

Segundo Daniel, os atiradores dispararam contra pessoas que estavam próximas às barracas montadas na praia. Adultos e crianças correram em meio ao caos, enquanto algumas vítimas já apresentavam ferimentos visíveis.

Na tentativa de escapar, Daniel e a amiga buscaram abrigo em um ônibus, mas não conseguiram entrar devido à superlotação. Sem alternativa, permaneceram na área enquanto viaturas policiais e helicópteros passaram a chegar, orientando a evacuação do local.

Ele também relatou ter visto moradores e comerciantes prestando os primeiros socorros às vítimas com kits improvisados, enquanto policiais tentavam reanimar pessoas feridas. "Eu vi a polícia tentando ressuscitar um cara", afirmou.

Sem conseguir deixar a região imediatamente, os dois abandonaram seus pertences e se esconderam atrás de um veículo dos salva-vidas. Aplicativos de transporte chegaram a apresentar instabilidade devido ao grande volume de solicitações.

De acordo com o Itamaraty, até o momento não há informações sobre brasileiros entre as vítimas. Daniel afirmou acreditar que a Austrália segue sendo um país seguro, mas admitiu que a experiência mudou sua percepção. O ataque ocorreu próximo a uma roda de samba frequentada por brasileiros, a cerca de 100 metros do local dos disparos.

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