Trabalhadores são presos na fronteira e acusados de ligação com facção; prefeito reage
Manico Dinon afirma que os três brasileiros apenas cumpriam serviço na obra da ponte entre Porto Mauá e Alba Posse e foram vítimas de engano

O prefeito de Porto Mauá (RS), Manico Dinon, refutou as informações divulgadas pela imprensa argentina, e repercutidas no Brasil, que associavam três brasileiros detidos na fronteira ao Comando Vermelho.
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De acordo com Dinon, os homens estavam na região a trabalho e foram injustamente confundidos com criminosos.
Os brasileiros Ednei Carlos dos Santos, Luís Eduardo Teixeira de Souza e Jackson Santos de Jesus, todos naturais de Rio das Ostras (RJ), foram presos pela polícia argentina no último sábado (1º), ao tentar cruzar a fronteira por uma passagem irregular próxima a Alba Posse, na província de Misiones, que faz divisa com Porto Mauá.
Inicialmente, as autoridades suspeitaram que o trio estaria tentando fugir da grande operação policial em curso no Rio de Janeiro, que resultou em 117 mortos e mais de 100 prisões.
Em nota publicada nas redes sociais, o prefeito afirmou que os detidos “não têm qualquer vínculo com o tráfico nem com o Comando Vermelho”. Segundo ele, os trabalhadores prestavam serviços a uma empresa paulista e realizavam sondagens de solo para a futura construção de uma ponte entre Porto Mauá e Alba Posse.
“Eles foram confundidos injustamente. Estavam apenas cumprindo seu trabalho e acabaram se tornando alvo em meio à operação na fronteira”, declarou Dinon. O prefeito explicou ainda que os brasileiros estavam hospedados em um hotel local e, durante um momento de folga, decidiram visitar o lado argentino. A detenção ocorreu porque eles não portavam documentos no momento da travessia, prática que, segundo Dinon, é comum na região, onde a passagem fluvial entre os dois municípios é utilizada diariamente por moradores.
A Prefeitura de Porto Mauá informou que os três já foram liberados pelas autoridades argentinas e retornaram ao Brasil.