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“Cabeça do Sabão” e “Waguinho de Cabo Frio” estão entre chefes do Comando Vermelho que serão enviados a presídios federais

Medida faz parte da resposta à megaoperação que deixou mais de 60 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, e busca enfraquecer o poder de articulação das facções

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de outubro de 2025 - 10:25
Carlos Vinícius Lírio da Silva, conhecido como Cabeça do Sabão
Carlos Vinícius Lírio da Silva, conhecido como Cabeça do Sabão -

Dois criminosos do Comando Vermelho, conhecidos da Região Metropolitana do Rio, estão entre os nomes cotados para serem transferidos para penitenciárias federais. O pedido de transferência, feito pelo governador Cláudio Castro, aconteceu após a megaoperação que deixou mais de 60 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital, nesta terça-feira (28).

Entre os possíveis alvos estão Carlos Vinícius Lírio da Silva, conhecido como Cabeça do Sabão, chefe do tráfico na comunidade do Sabão, no Centro de Niterói, e Wagner Teixeira Carlos, o Waguinho de Cabo Frio, apontado como o principal líder do CV na Região dos Lagos.

Cabeça do Sabão é investigado por comandar, mesmo de dentro da cadeia, guerras recentes pelo controle de territórios em Niterói. Ele foi apontado como mentor do plano de fuga frustrado que envolvia o sequestro de um helicóptero para resgatar presos do Complexo de Gericinó. Na ocasião, Cabeça estava na quadra do Presídio Vicente Piragibe, junto a outros detentos, aguardando a chegada da aeronave, que acabou interceptada pela polícia. O criminoso já havia sido identificado pela Polícia Civil como um dos chefes mais influentes do Comando Vermelho na Região Metropolitana.

Waguinho de Cabo Frio, é acusado de continuar chefiando o tráfico na Favela do Lixo, em Cabo Frio, mesmo após ser preso. Em abril de 2025, a Polícia Civil prendeu um traficante em flagrante na comunidade e, a partir daí, descobriu que Waguinho ainda liderava operações do Comando Vermelho na Região dos Lagos a partir da cadeia. O Ministério Público também o aponta como um dos mandantes do assassinato de um policial militar, morto dentro de um carro em fevereiro do ano passado.


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Além dos dois criminosos da Região Metropolitana, outros líderes do Comando Vermelho também estão na lista de transferência. Entre eles, Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor, considerado um dos principais nomes da cadeia de comando do CV e suspeito de comandar o tráfico entre Rio e São Paulo mesmo preso; Alexandre de Jesus Carlos, o Choque, chefe do tráfico em Manguinhos; e Eliezer Miranda Joaquim, o Criam, liderança da facção na Baixada Fluminense e sucessor de Elias Maluco.

Completam a lista Leonardo Farinazzo Pampuri, o Léo Barrão; Rian Maurício Tavares Mota, o Da Marinha, apontado como operador de drones da facção; Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha, acusado de tráfico; Agnaldo da Silva Dias, o Naldinho, administrador da “caixinha” do CV; e Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho, chefe do tráfico em Volta Redonda e suspeito de assassinatos na região.

A decisão de transferir os detentos foi tomada após uma reunião de emergência convocada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que ocupa interinamente a Presidência da República. A medida atende a um pedido do governador Cláudio Castro, que defendeu o isolamento de lideranças criminosas como forma de enfraquecer o poder de articulação das facções dentro e fora das prisões.

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