Polícia Civil prende grupo criminoso especializado no golpe da falsa central de banco na Zona Oeste
As investigações tiveram início em julho de 2024, após uma vítima de Florianópolis sofrer prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil

Policiais civis da 12ª DP (Copacabana) prenderam, nesta quinta-feira (16/10), quatro integrantes de organização criminosa especializada no chamado golpe da falsa central de banco. Os estelionatários foram capturados em uma mansão em condomínio de altíssimo luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, após trabalho de inteligência.
As investigações tiveram início em julho de 2024, após uma vítima de Florianópolis sofrer prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil. A partir das diligências, foi possível identificar os responsáveis pelo golpe, todos residentes no estado de São Paulo. Segundo o apurado, o golpe da central fantasma ocorria quando criminosos se passavam por funcionários de instituições financeiras e, com aparência de legitimidade, induziam as vítimas a acreditar que havia uma fraude em suas contas. Elas eram orientadas a fornecer senhas, com isso instalavam aplicativos de acesso remoto ou realizavam transferências para contas controladas pelo grupo criminoso.
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Na terça (14/10), a Polícia Civil de Santa Catarina, em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, deflagraram a "Operação Central Fantasma" e cumpriram em São Paulo, Guarulhos e Bertioga os mandados de busca, sendo quatro criminosos presos na ocasião. Na ação, foram arrecadados aparelhos celulares dos investigados que subsidiarão a continuidade das investigações, sendo também apreendido aproximadamente R$ 80 mil e um veículo.
Os levantamentos financeiros apontaram que o grupo movimentou mais de R$ 25 milhões em três anos, utilizando empresas de fachada para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores, que eram convertidos na aquisição de veículos, imóveis e artigos de luxo. A Justiça determinou bloqueios judiciais de até R$ 14 milhões dos criminosos, pessoas físicas e jurídicas, indisponibilidade de imóveis, sequestro de veículos e apreensão de bens de alto valor, como joias, relógios roupas de grife e perfumes importados.
A ação é resultado do trabalho integrado das Polícias Civis do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, que percebeu a possibilidade de a liderança da quadrilha, que não foi localizada durante a operação de terça-feira, estar escondida na capital fluminense. Estima-se que a quadrilha tenha feito mais de 200 vítimas em todo o país. Os estelionatários foram autuados pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.