Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,4645 | Euro R$ 6,406
Search

Polícia Civil RJ deflagra operação de combate à violência contra mulheres em nove estados

Até o momento, seis mulheres foram identificadas, mas acredita-se que o grupo possa ter feito dezenas de outras vítimas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de junho de 2025 - 09:46
A "Operação Abraccio" ocorre após a prisão de um dos integrantes do grupo, no mês passado.
A "Operação Abraccio" ocorre após a prisão de um dos integrantes do grupo, no mês passado. -

Policiais civis do Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) deflagraram, nesta segunda-feira (30/06), a "Operação Abbraccio", para reprimir um grupo que praticava crimes de violência contra mulheres. As investigações apontam que os envolvidos se organizavam virtualmente, em plataformas como Discord, para cometer estupros virtuais, torturas, misoginia e racismo contra as vítimas. Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em outras oito unidades da federação – Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Santa Catarina e São Paulo. Até o momento, quatro pessoas foram presas.

A ação foi planejada a partir da investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias. Em abril deste ano, a mãe de uma das vítimas procurou a unidade para relatar que imagens íntimas de sua filha estavam sendo divulgadas. Durante a apuração, os agentes constataram a existência de uma rede criminosa com dezenas de outras vítimas. Tudo era transmitido on-line e, em alguns casos, a gravação era posteriormente exposta na internet.


Leia também:

Inscrições para concorrer às bolsas do Prouni começam nesta segunda-feira (30)

Homem é preso em flagrante após furtar banca no Centro de Niterói


De acordo com a Deam de Duque de Caxias, o grupo forçava as vítimas a atos violentos ou a se mutilar com navalhas, fazendo-as escrever os nomes dos autores na própria pele.

A "Operação Abraccio" ocorre após a prisão de um dos integrantes do grupo, no mês passado. A partir da perícia de cerca de 80 mil imagens, vídeos e áudios encontrados em dispositivos eletrônicos, foi possível chegar aos demais envolvidos e suas lideranças. O material apreendido também demonstra a frieza com que eles tratam o sofrimento e a vida humana.

Até o momento, seis mulheres foram identificadas, mas acredita-se que o grupo possa ter feito dezenas de outras vítimas. Além das prisões, a operação desta segunda busca apreender celulares, computadores e mídias digitais capazes de comprovar os crimes praticados e ampliar o mapeamento da rede criminosa. O material arrecadado será analisado e poderá embasar novas diligências, além de responsabilizações penais e civis.

Matérias Relacionadas