Celsinho da Vila Vintém se torna réu por tráfico de drogas
Ele é o fundador da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA)

Celso Luiz Rodrigues, mais conhecido como Celsinho da Vila Vintém, virou réu por tráfico de drogas e associação ao tráfico, tendo a prisão decretada nesta sexta-feira (6). Um dos fundadores da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), Celsinho foi preso novamente no mês passado, sob acusação de articular a expansão do Comando Vermelho (CV) na Zona Oeste do Rio.
A denúncia feita pelo Ministério Público, foi aceita pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Texeira, da 2ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá. Além de Celsinho, também foram denunciados André Costa Barros, o Boto, que está preso e Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, que está foragido. Ele é apontado pela polícia como um dos chefes do CV.
Na decisão, o juiz alegou que a ordem pública corre risco caso esses indivíduos continuem soltos.
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"Acresça-se, ainda, que a própria forma de execução dos delitos graves, demonstram que, em liberdade, os acusados poderão influir negativamente no ânimo das testemunhas, que devem comparecer em Juízo para depor sem temor, constatando-se assim a necessidade de sua custódia cautelar por conveniência da instrução criminal", disse o juiz, que acrescentou: "Além disso, ao tomar conhecimento do processo os réus poderão se evadir, constatando-se a necessidade da custódia cautelar também para assegurar aplicação da lei penal".
Considerado como uma das principais lideranças do crime organizado no Rio, Celsinho foi preso em casa, em Realengo, na Zona Oeste, no dia 8 de maio. De acordo com o secretário da Polícia Civil, o delegado Felipe Curi, o acusado firmou um pacto com Edgar Alves de Andrade, na tentativa de expandir o domínio territorial e o comércio de drogas na Zona Oeste.
Apontado como um dos criminosos mais perigosos dos anos 90, Celsinho ficou preso durante 20 anos e solto em 2022, chegou a dizer que largaria o crime quando deixou a penitenciaria. Fora da prisão, ele começou a trabalhar com a criação de porcos na Zona Oeste, mas a Polícia Civil acredita que isso não passava de uma 'fachada' para continuar usando sua influência no crime.
"A gente sabe que é um trabalho difícil comprovar e reunir evidências contra alguém que saiu da cadeia com a imagem de reabilitado, como um simples criador de porcos. Mas, na realidade, tudo isso era uma fachada para continuar comandando uma das facções do Rio", disse o secretário de Segurança Pública, Victor Santos.