Empresário de São Gonçalo é acusado de estupro e abusos sexuais por dezenas de mulheres
Casos incluem importunação, ameaças com arma de fogo e estupro

Assédio, importunação sexual, abusos, ameaças e até estupro. Essas são as acusações que surgiram nos últimos dias contra um conhecido empresário de São Gonçalo. No último dia 30, uma mulher quebrou o silêncio e denunciou o abuso sofrido.
Após a denúncia dessa vítima, outras seis criaram coragem e também procuraram a delegacia. Contudo, segundo a advogada Fabíola Marconi, após a divulgação da primeira denunciante, mais de 58 meninas e mulheres também relataram ter sido vítimas desse mesmo acusado.
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Para apoiar essas mulheres, que possuem relatos que vão de cantadas a estupros, a advogada Fabíola está oferecendo atendimento jurídico e segue acompanhando as vítimas para que realizem as denúncias.
“Estou como advogada, acompanhando um caso extremamente grave, envolvendo diversas vítimas de abusos sexuais, importunação sexual e até estupro, todos cometidos por um mesmo agressor na cidade de São Gonçalo (RJ). Como advogada dessas mulheres, espero que esse homem seja imediatamente responsabilizado pelas autoridades competentes. As investigações estão sendo conduzidas com seriedade, urgência e proteção às vítimas”, contou Fabíola, que acompanhou outras quatro novas denúncias.
Segundo relatos, o acusado, que é conhecido na cidade, não poupava ameaças para garantir o silêncio das vítimas. Mulheres relataram o uso de arma de fogo.
“Esse homem, ao longo de anos, agiu de forma recorrente e impune, mesmo com muitas pessoas da cidade tendo conhecimento do que acontecia. A omissão e o silêncio coletivo só prolongaram o sofrimento de muitas meninas e mulheres. Preciso que essas vítimas saibam que não estão sozinhas, e que denunciar é um ato de justiça, não de vergonha. É inaceitável que um abusador atue durante tantos anos sem que nada seja feito. Agora é o momento de mostrar que a Justiça existe, sim, e que nenhum agressor ficará impune. A todas que já sofreram abusos ou vivem com medo: procurem apoio, falem, denunciem. O silêncio protege o agressor – a voz de vocês, não. Vocês têm quem lute ao lado de vocês”, finalizou a advogada.
Três novos registros de ocorrência foram feitos na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de São Gonçalo (Deam), e outro registro foi feito em uma delegacia de Niterói. A Polícia Civil ainda não comentou o caso.