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Mulher morre em hospital após ser espancada pelo ex

Escrito por Redação | 25 de maio de 2016 - 11:00

Por Marcela Freitas

Depois de lutar quase dois meses pela vida no Hospital Carlos Tortelly, em Niterói, onde estava internada, a atendente de lanchonete Raquel Roham de Souza, de 38 anos, perdeu a batalha, no último sábado. Ela morreu em decorrência do espancamento sofrido, no início de abril, no Complexo do Caramujo. O suspeito das agressões é o seu ex-companheiro, um mestre de obras, que continua em liberdade.

Raquel engrossou a estatística de violência contra a mulher, que já fez quatro vítimas na região em menos de uma semana. Em Maricá, Maria Izabel Martiniano, 58, foi queimada viva pelo ex-namorado que não aceitava o fim da relação. Já a técnica de enfermagem Daiana Borges da Silva, 34, acabou assassinada a facadas pelo ex-noivo, que também não concordava com a separação. Ontem, mais um jovem foi encontrada morta em São Pedro da Aldeia.

Familiares de Raquel não querem que ela seja mais um número na estatística e prometem lutar por justiça.

“Minha mãe não está mais aqui entre a gente, mas quem fez isso com ela sim. Ele precisa pagar por esse crime. Minha mãe morreu em decorrência das agressões que a agravaram seu quadro de saúde”, comentou a filha da vítima, de 15 anos.

Ainda segundo a jovem, a atendente de lanchonete chegou a apresentar uma melhora em seu estado clínico e posou para fotos com as filhas no Dia das Mães. “Na última quarta-feira,no entanto, ela começou a ficar muito fraca e sofreu duas paradas cardíacas. Apesar de todas as tentativas de reanimação, ela acabou morrendo”, lamentou a filha.

“Minha mãe estava afastada do trabalho porque havia quebrado o dedo. Antes de morrer, ela confessou que meu padrasto havia dado uma martelada na mão dela. Ele aparentava ser um homem tranquilo, mas sempre que bebia se descontrolava. Minha mãe contou que a última agressão não teve motivo algum para ocorrer, nem mesmo uma pequena discussão”, completou a jovem.

O corpo de Raquel foi sepultado na última segunda-feira no Cemitério Boa Esperança, em Rio Bonito. Ela deixa três filhas, sendo duas menores de idade.

O caso está sendo investigado por policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói.

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