Caso João Pedro: MP pede que policiais sejam levados a júri popular
O adolescente jogava videogame com mais cinco amigos na casa do tio, quando, segundo testemunhas, os agentes entraram atirando
![João Pedro Mattos Pinto, adolescente de 14 anos baleado e morto em maio de 2020](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Artigo-Destaque/140000/1200x720/Caso-Joao-Pedro-MP-pede-que-policiais-sejam-levado0014237500202401250937-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F140000%2FCaso-Joao-Pedro-MP-pede-que-policiais-sejam-levado0014237500202401250937.jpg%3Fxid%3D595509%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1713798807&xid=595509)
O Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu para que os policiais acusados pela morte do adolescente João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, sejam levados a júri popular. Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister são acusados de homicídio doloso e fraude processual. O menino foi morto com um tiro de fuzil durante uma operação das polícias Civil e Federal, em 2020, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
O adolescente jogava videogame com mais cinco amigos na casa do tio, quando, segundo testemunhas, os agentes entraram atirando. Ele foi atingido na barriga e levado para um helicóptero, onde teria ficado desaparecido por 17 horas até ser declarado morto.
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No pedido, a promotora afirma que o crime foi cometido "com o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima" e por motivo torpe.
Na ocasião, os agentes alegaram que seguranças dos traficantes da região teriam disparado contra os policiais e iniciado um confronto, o que não teria ocorrido. Ainda segundo a denúncia, os agentes alteraram o local do crime com a “intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos”.
De acordo com o MPRJ, eles teriam plantado diversos artefatos explosivos e uma pistola, além de terem produzido marcas de disparos de arma de fogo junto ao portão da garagem do imóvel. Investigações apontaram ainda que a casa do tio do jovem, onde ele estava quando foi atingido, ficou com mais de 70 marcas de tiros
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), o processo está em fase de alegações finais e ainda não há data prevista para o júri popular. As acusações do MP são negadas pela defesa dos policiais, que alega diversas nulidades no processo.