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'CV' procura investidores em criptomoedas desaparecidos para reaver prejuízo

Integrantes da facção oferecem recompensa para quem achar 'Emgomadinho' dos Bitcoins', que sumiu. Pessoas lesadas registraram queixa em SP e RJ, Em SG, 'Rabicó' já foi investigado por 'lavagem' de dinheiro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de agosto de 2023 - 18:09
'Engomadinho'  teria fugido do país em direção à Asia
'Engomadinho' teria fugido do país em direção à Asia -

O 'tombo financeiro' da ordem de R$ 70 milhões que deixou em polvorosa o mercado financeiro de moedas virtuais, quem diria, também 'sacudiu' até o 'conselho' do Comando Vermelho (CV). Após o rastro de prejuízos milionários deixados pela plataforma financeira Bybot, e o desaparecimento de seus principais acionistas, centenas de investidores que perderam fortunas começaram a se movimentar para tentar localizar o principal executivo da empresa, Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como Engomadinho do Bitcoin.

Além dele, dois integrantes da equipe são procurados pelos líderes do CV no Rio, que teriam investido na compra de moedas virtuais com a intenção de lavar dinheiro do tráfico de drogas. Imagens de dois operadores da Bybot que lidaram diretamente com a carteira de clientes enquanto a plataforma não havia sido desativada passaram a circular em grupos de WhatsApp.

Nelas, o suposto recado do CV é que serão pagos R$ 15 mil por qualquer informação que leve ao paradeiro dos dois traders. Em um dos avisos, a facção ressalta que não é para matar o funcionário da empresa. “Não matem.”     

O que aconteceu - Os gestores da plataforma financeira Bybot, que controlava milhares de criptoativos de centenas de investidores espalhados por Brasil, Estados Unidos e Europa são acusados de dar um 'baque' em seus investidores e sumirem com todo o dinheiro dos clientes. Muitas ocorrências policiais foram registradas principalmente em São Paulo e no Estado do Rio, mas há vítimas em vários outros estados, além do Distrito Federal.

Fuga - O principal executivo da Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, 27 anos, deletou todas as redes sociais, apagou os canais de comunicação e fechou a plataforma para saques. Nenhum dos investidores consegue, desde a última sexta-feira (25/8), sacar a quantia que estava depositada nas carteiras. Antes assíduo nas redes sociais e sempre gravando lives, Gustavo, que passou a ser apelidado de o Engomadinho do Bitcoin, teria fugido do país em direção à Ásia.

Cred-crime - Investigações policiais mostram ser cada vez mais frequentes a presença de grandes organizações criminosas no universo das moedas digitais para lavar dinheiro faturado com o tráfico de drogas. A quantidade de criptomoedas movimentada em atividades de lavagem de dinheiro aumentou 68% na comparação entre 2022 e 2021, atingindo um total de US$ 23,8 bilhões. Os dados foram divulgados, no início deste ano, por uma empresa especializada em análise de dados do mercado cripto. 


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Tráfico em SG já foi investigado - No dia 23 de fevereiro desse ano, a A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) realizaram, a 'Operação Mercador de Ilusões', no Rio e em nove estados, incluindo o Distrito Federal. Os principais alvos da ação foram empresários que lavavam dinheiro para o tráfico e para a milícia para a compra de armamentos e drogas. Segundo a polícia, entre os clientes do grupo está o traficante Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. 

Antônio Ilário Ferreira, o 'Rabicó' já foi investigado por participar de 'lavagem de dinheiro', com supostos investimentos em criptomoedas
Antônio Ilário Ferreira, o 'Rabicó' já foi investigado por participar de 'lavagem de dinheiro', com supostos investimentos em criptomoedas |  Foto: Fotos/Divulgação

A investigação teve início em 2019, quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou à Polícia Civil que empresas de diversos estados estariam movimentando milhões em dinheiro de forma irregular. 

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e 40 de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Especializada do Crime Organizado do estado, que também determinou o bloqueio de R$ 681 milhões nas contas dos suspeitos e o arresto de bens dos empresários. Entre os bens apreendidos, estão casas de luxo em Brasília, dezenas de carros de valores superiores a R$ 80 mil; além de joias e dinheiro.

Segundo o MP-RJ, as empresas também lavam dinheiro com criptomoedas, o que dificulta o rastreio das transações e favorece a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas.

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