Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1957 | Euro R$ 5,5298
Search

Caso Quênia: Polícia vai investigar possível omissão de parentes e creche

O pai e a madrasta da menina, que foram presos pelo crime, deverão ser indiciados por homicídio duplamente qualificado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de março de 2023 - 17:10
Imagem ilustrativa da imagem Caso Quênia: Polícia vai investigar possível omissão de parentes e creche

A delegada Márcia Helena Julião, titular da 43ª DP (Guaratiba), instaurou um novo inquérito para apurar a conduta de familiares no caso da Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de 2 anos e quatro meses. Segundo a Polícia, ela morreu após ter sido torturada dentro de casa, na Zona Oeste, em uma sequência de maus-tratos.

O pai e a madrasta da menina, que foram presos pelo crime, deverão ser indiciados por homicídio duplamente qualificado. Nos relatos, o comerciário Marcos Vinícius Lino, de 28 anos, negou as agressões e diz que a acusação foi um erro. Já a Patrícia André Ribeiro, de 22, afirmou que a enteada se machucou caindo.


Leia mais

 Criança de 2 anos é torturada e morta na Zona Oeste do Rio


De acordo com a delegada, Quênia não se alimentava há pelo menos três dias e apresentava 59 lesões pelo corpo.

Márcia ainda informou que a direção da creche em que a criança estudava também terá que prestar esclarecimentos sobre o motivo de não ter denunciado as agressões sofridas pela menina anteriormente. "A creche disse que não ia mais admitir a criança enquanto eles não a levassem ao médico, porque ela estava sem comer, tinha febre e apresentava lesões", destacou.

Ela complementou: "O importante ressaltar é que a creche não noticiou o caso nem para o Conselho Tutelar e nem para a delegacia. Por conta disso, vamos apurar as responsabilidades da direção da unidade e eles poderão ser indiciados pelo Artigo 26, da Lei Henri (pela não comunicação do tratamento cruel e violento dado a criança."

A 43ª DP já começou a ouvir testemunhas, incluindo familiares da menina. Marcos e Patrícia foram transferidos para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, e passarão por audiência de custódia.

Matérias Relacionadas