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Réu por feminicídio em shopping de Niterói irá a juri popular

Juíza da terceira vara criminal decidiu que Matheus dos Santos Silva seja levado ao banco dos réus pela morte, a facadas, de Vitórya Melissa Santos, crime que teve repercussão nacional

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de agosto de 2021 - 19:54
Réu permaneceu calado e irá a julgamento
Réu permaneceu calado e irá a julgamento -

A Justiça do Rio realizou, nessa segunda-feira (2), a primeira audiência para o julgamento do acusado da morte da jovem Vitórya Melissa Motta, assassinada aos 22 anos, em uma praça de alimentação de um shopping no Centro de Niterói. Estiveram na 3ª Vara Criminal do Fórum de Niterói, testemunhas de acusação e de defesa. O réu, Matheus dos Santos da Silva, de 21 anos, encontra-se preso preventivamente e também participou da audiência, mas não quis se pronunciar Vitórya foi morta a facadas e na época, um sentimento não correspondido de Matheus pela jovem foi apontado como a motivação para o crime. Ficou decidido que Matheus irá a juri popular, em data ainda a ser marcada. 

Ao todo, 14 testemunhas foram ouvidas durante as oitivas, que começaram às 13h40 e duraram cerca de quatro horas. Estiveram na 3ª Vara Crtiminal de Niterói policiais que participaram da investigação, amigos próximos de Vitórya e funcionários do shopping, como seguranças e trabalhadores de lojas. A mãe da vítima, Marcia Maria Mota, também depôs, bem como uma tia e um irmão de Matheus. Apenas uma pessoa convocada, identificada como colega dos dois no curso para auxiliar de enfermagem, não compareceu à audiência. Ao prestar depoimento, o réu optou por permanecer em silêncio.

Ao depor em juízo, várias testemunhas destacaram a frieza do réu, que permaneceu de cabeça baixa enquanto esteve na sala a audiência. Abalada, uma funcionária do shopping, presente no momento do crime, relatou o desespero de Vitórya durante o ataque:  "Lembro que quando ela ainda estava viva eu a ouvi dizendo: "Socorro! Ele vai me matar!".

A mãe de Vitórya acompanhou todos os depoimentos ao lado de amigos da filha e de outros parentes. Ao ser ouvida, ela entregou o celular da filha, para que ele seja analisado no curso do processo. Marcia Maria também externou incômodo com o relato fornecido por alguns seguranças: "Quando eu cheguei no local depois do acontecido, não tinha nenhum segurança. Quando me viram, apareceram vários", relatou. 

Após ouvir as testemunhas, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce decidiu que o réu irá a júri popular. A defesa abriu mão de recurso, e o julgamento será marcado. 

Leia também: 

https://www.osaogoncalo.com.br/geral/110485/familiares-de-vitorya-morta-a-facadas-em-shopping-pedem-por-justica-na-audiencia

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